A intenção é resgatar o cultivo da espécie e transformá-la em fonte de geração de emprego e renda, capaz de melhorar a qualidade de vida da
população. O projeto foi tema de discussão no seminário “Plantas do Cerrado, oportunidades econômicas sustentáveis”, realizado em Barra do Bugres o evento contou com o apoio da Assembléia Legislativa.
De acordo com a proponente e coordenadora do projeto, professora Marfa Magali Roehrs, a proposta visa a construção do Instituto de Pesquisas em Plantas Medicinais, com laboratórios de cultivo in vitro. Segundo a
professora, os recursos necessários para construção do Instituto e compra de
equipamentos é R$ 800 mil. “Para se ter uma ideía, um hectar de Poaia dá um retorno de R$ 300 mil a R$ 400 mil, ou seja, o cultivo de dois hectares praticamente paga o custo do Instituto”, comparou.
“A nossa função, através do Instituto, é fazer a produção in vitro e a pesquisa. A distribuição das mudas com certeza vai obedecer a critérios
estabelecidos”, explicou Marfa Roehrs.
O projeto para a criação do Instituto foi protocolado junto ao Secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Jilson Francisco da Silva, e junto ao Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat). “Precisamos de
projetos que possam criar alternativas novas de geração de emprego e renda”, disse Jilson Francisco, ao elogiar e garantir apoio à iniciativa. Da mesma forma, o representante da Fapemat afirmou que “recurso não será o
problema, basta ter bons projetos”.
Para a viabilização do projeto já está sendo firmada uma parceria com a Embrapa Amazônia Oriental no sentido de troca de informações entre grupos de pesquisa. Conforme o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, doutor Osmar
Alves Lameira, a instituição já tem tecnologia para a produção da Poaia in vitro vai firmar uma parceria com a Unemat para à Unemat.
“A Poaia tem um valor comercial grande. A demanda do mercado asiático pela raiz da planta é de seis a oito toneladas por mês. O preço por quilo da raiz varia de R$ 60,00 a R$ 130,00 e, se agregarmos valor ao produto, pode chegar
a valores bem mais altos”, disse Lameira.
Mracia Raquel AL