Os Estados Unidos concluem nesta terça-feira (31) sua missão no Iraque, mais de sete anos após o início da invasão das tropas anglo-americanas, em 20 de março de 2003.
Mais de 100 mil iraquianos, segundo a ONG Iraq Body Count, morreram durante a guerra, que causou também a morte de mais de 4.400 soldados americanos, além de outras baixas na coalizão internacional.
Apesar do fim dos combates, os EUA manterão durante alguns meses cerca de 50 mil soldados no país, que terão como principal missão treinar as forças iraquianas para manter a segurança, combater o terrorismo e proteger os civis. Segundo o compromisso assinado entre os dois países, os Estados Unidos abandonarão completamente o Iraque em dezembro de 2011.
A guerra se transformou, junto com a do Afeganistão, na mais longa na qual se viu envolvido os EUA e uma das de maior custo econômico e humano, com quase US$ 900 bilhões investidos. Iniciada em março de 2003, durante o governo de George W. Bush, a intervenção militar no Iraque foi duramente criticada pela comunidade internacional. Seu sucessor, Barack Obama, assumiu a presidência em 2009 com a promessa eleitoral de retirar as tropas do país árabe.
Nos últimos sete anos, quase 1,5 milhão de homens e mulheres serviram na guerra que, em seus momentos de maior intensidade, chegou a ter deslocados 171 mil soldados. Cerca de 30 mil retornaram com ferimentos físicos e lesões psicológicas.
Cerca de 30% dos soldados que retornaram do Iraque sofrem de problemas mentais graves após terem presenciado mortes, mutilações, combates, além da tensão constante de se viver em uma zona de guerra.
Um estudo da revista “Military Medicine” aponta que 62% dos soldados que retornaram receberam ou precisam de tratamento psicológico; 6% mostram síndrome de estresse pós-traumático e 27% passaram a abusar do álcool.
EFE/UOL