domingo, 24/11/2024
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Rússia tenta impedir que incêndios

A Rússia trava uma dura batalha para impedir que os incêndios florestais que há duas semanas devastam o país alcancem as áreas nucleares e encara com preocupação a nuvem de fumaça tóxica que cobre Moscou, capital do país.

Dois membros das Forças Armadas russas morreram nesta segunda-feira (9) enquanto lutavam contra o fogo que ameaçava o maior centro de pesquisas nuclear em Sarov, região central de Nizhni Novgorod, onde foi produzida a primeira bomba nuclear soviética.

Um porta-voz do Ministério da Defesa do país disse que uma árvore em chamas caiu sobre o soldado.

-Ele morreu de traumatismo cerebral quando estava a caminho do hospital.

Os funcionários também informaram sobre um foco de incêndio perto do povoado de Snezhinsk, nos Urais, onde se encontra um dos principais centros de pesquisa nuclear.

Depois de duas semanas de incêndios florestais que mataram 52 pessoas e destruíram parte de um depósito militar, as autoridades afirmaram que vão continuar com a batalha contra o fogo que já arrasou mais de174 mil hectares do território russo.

O chefe da unidade de crise do Ministério das Situações de Emergência, Vladimir Stepanov, disse que se pode observar uma dinâmica positiva na extinção dos incêndios.

O Ministério informou que nas últimas 24 horas foram registrados 247 focos de incêndios, apagados 239 e 557 continuam ativos.

EUA enviam ajuda a Rússia

Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (9) que uma equipe de resgate enviada à Rússia já chegou a Moscou para ajudar a combater os incêndios.

O porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, disse que já ocorreram as primeiras reuniões com os especialistas russos em incêndios para determinar a melhor forma de colaboração.

O Escritório de Assistência a Desastres no Exterior enviou uma equipe de socorro depois que a secretária de Estado, Hillary Clinton, ofereceu na última sexta-feira (6) a seu colega russo, Serguei Lavrov, assistência para lidar com os terríveis incêndios.

As chamas devastam há semanas as florestas russas e a fumaça, somada à onda de calor que afeta o oeste da Rússia e tornou o ar de Moscou irrespirável.

Fontes oficiais disseram que a mortalidade passou de menos de 400 pessoas diárias a 700 na capital russa, onde a concentração de monóxido de carbono triplicou nesta segunda-feira ao limite previsto pelas normas de segurança.

As emissoras locais informaram que depois de Moscou, a fumaça atingiu a segunda maior cidade russa, São Petesburgo, e a principal cidade da região dos Montes Urais, Yekaterinburg.

Onda de calor é a mais grave em mil anos de história

O diretor do serviço de meteorologia russa, Alexander Frolov, disse que a onda de calor é a mais grave em mil anos de história.

Mais de 104 mil pessoas – um número recorde para o ano – deixaram Moscou no último domingo (8) de avião, informou o porta-voz da agência de aviação civil russa, Rosaviatsia, Sergei Izvolsky.

O número para o mesmo dia um ano atrás era de 70 mil pessoas.

Muitos dos que ficaram na cidade colocaram máscaras para se proteger da névoa, enquanto a imprensa local acusa as autoridades de não divulgar o real nível do desastre ambiental e das mortes causadas pela onda de calor.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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