Cinco americanos detidos no Paquistão por terem tentado entrar em contato com rebeldes islamitas ligados à Al-Qaeda foram condenados nesta quinta-feira a dez anos de prisão por terrorismo, anunciou um promotor paquistanês.
Os cinco estudantes americanos de origem paquistanesa, etíope, eretreia e egípcia, fugiram de suas famílias nos Estados Unidos e foram detidos no início de dezembro de 2009 em Sargodha (centro).
“Cada um deles foi condenado a dez anos de prisão, declarados culpados de terrorismo”, anunciou o promotor Nadeem Akram Cheema. O julgamento e o anúncio do veredicto aconteceram a portas fechadas.
Defesa vai recorrer
Os advogados da defesa anunciaram que vão apresentar um recurso de apelação ao veredicto. O promotor do caso afirmou que também irá recorrer, uma vez que pede a pena de 20 anos de prisão aos acusados.
Os cinco condenados, Umar Farooq, Waqar Husain, Rami Zamzam, Ahmad Abdulá Mini e Amman Hasan Yammer, enfrentavam uma possível pena de prisão perpétua. “Foram absolvidos em três acusações, mas reconhecidos culpados de outras duas: complô criminoso, pela qual receberam 10 anos de prisão, e financiamento de uma organização terrorista proibida, que lhes valeu cinco anos”, detalhou o advogado da defesa, Hasan Kashela.
Os cinco jovens sempre afirmaram ser inocentes e asseguraram ter viajado ao Paquistão para ir de lá para o Afeganistão, onde queriam trabalhar para ONGs humanitárias.