Em convenção nacional realizada na noite desta quarta-feira (16), o PCdoB aprovou por unanimidade o apoio da sigla à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República.
Realizado no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, o encontro reuniu cerca de 100 militantes do partido e também referendou o programa de governo do PCdoB para um eventual governo Dilma.
No documento de seis páginas, o PCdoB não poupa críticas ao governo Fernando Henrique Cardoso e evoca o confronto Lula versus FHC. “As eleições de outubro serão decisivas para os destinos do país. Estão em confronto dois campos políticos antagônicos. A aliança de partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais democráticos, liderada pelo presidente Lula versus legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC que levou o Brasil à estagnação e até mesmo à decadência”, afirma o texto.
“Neste embate não há meio termo. Seu resultado ou garantirá a continuidade do ciclo político virtuoso aberto pelo presidente Lula, ou será o retrocesso com o retorno daqueles que arrasaram o Brasil”, segue o documento.
Participaram do evento o presidente da República, José Alencar, o presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, que representou Dilma, ausente por estar em viagem internacional. O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fez o discurso de abertura do evento e lembrou que Dilma é a continuidade do governo Lula.
“Coube a Lula indicar quem ele avalia ser a continuadora desse expressivo trabalho de governo, de esperança para o povo e para o país. Lula escolheu Dilma. Ela foi investida da responsabilidade de dar continuidade ao projeto e aos compromissos firmados pelo governo Lula. Quem garante a continuidade é Dilma”, discursou Rabelo.
Aliados de ‘primeira e segunda classe’
O presidente nacional do PT disse estar “otimista” com as possibilidades de vitória de Dilma, mas afirmou “ter o pé no chão” ao falar das dificuldades da campanha. “Sou otimista com relação às possibilidades da nossa vitória. Mas otimista com pé no chão. Porque vamos enfrentar inimigos poderosos. Existem setores da nossa sociedade que não aceitaram a vitória de um candidato de esquerda há oito anos, que acreditavam no fracasso do nosso governo”, afirmou Dutra.
Em um recado claro ao deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), pré-candidato ao governo maranhense sem o apoio dos petistas, Dutra afirmou que a candidatura de Dilma “não terá aliados de primeira e segunda classe”. “Em todos os estados que tenhamos palanques [duplos], terá que ser considerado palanque da companheira Dilma Rousseff. Não vamos ter aliados de primeira e segunda classe.”
Dutra também provocou a oposição. “Eles, que passaram um bom tempo chamando o Bolsa Família de bolsa esmola, agora dizem que vão ampliar o Bolsa Família. Eles, que passaram um bom tempo espinafrando as iniciativas do nosso governo, chegam a falar em pós-Lula”, provocou o presidente petista. “Daí os factoides e as tentativas de utilizar os meios de comunicação que lhe são muito simpáticos. Porque definitivamente eles não têm projeto para o país. Não têm o que apresentar”, complementou.
Alencar
O vice-presidente José Alencar também discursou rapidamente e falou da importância assumida pelo Brasil no cenário internacional. “O Brasil hoje é um país não só admirado como respeitado. E muito mais conhecido.”
Alencar também falou de Dilma. “A escolha do Lula pela Dilma tem razão de ser. Fico admirado de ver com que dedicação ela trata de cada problema do governo. E com que conhecimento ela os aborda. Dilma é brava na defesa daquilo que ela acredita. Vamos defender a Dilma, porque estaremos defendendo uma mulher de bem, que sempre foi de esquerda. Ela não tem que provar a ninguém.”
Alencar
O vice-presidente José Alencar discursou rapidamente e falou da escolha de Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “A escolha do Lula pela Dilma tem razão de ser. Fico admirado de ver com que dedicação ela trata de cada problema do governo. E com que conhecimento ela os aborda. Dilma é brava na defesa daquilo que ela acredita. Vamos defender a Dilma, porque estaremos defendendo uma mulher de bem, que sempre foi de esquerda. Ela não tem que provar a ninguém.”
G1