O seminário “Mato Grosso Contra a Pedofilia e Objetivos do Milênio- ODM” provocou o primeiro impacto social para combater esse tipo de crime. Numa ação inédita no País, Mato Grosso se tornou o estado brasileiro pioneiro a se estruturar para combater a pedofilia e os abusos cometidos contra crianças e adolescentes.
No segundo dia do evento, o Governo do Estado assinou um termo de parceria e entregou 148 veículos e 148 computadores para cada conselho tutelar dos 141 municípios mato-grossenses. A entrega aconteceu na tarde dessa quinta-feira (20), para os representantes dos conselhos e prefeituras municipais.
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, (PMDB) lembrou que o estado, além de parcerias, precisa também da participação efetiva das pessoas para vencer o problema. “É uma situação séria, que precisamos radicar por completo, trabalhando contra os indivíduos que agridem as crianças. Esse evento serve como agente multiplicador aos interessados em fortalecer a sociedade e capacitar os profissionais contra os infratores”, esclareceu o governador.
De acordo com a coordenadora da Sala da Mulher, Janete Riva, o cuidado e precaução com as crianças são fundamentais para evitar esse tipo de crime. Segundo ela, os conselhos tutelares contarão com melhor estrutura para combater a pedofilia. “Essas pessoas (assistentes sociais) são agentes da vida e o poder público precisa dar condições de trabalho para elas. Essa estrutura vai facilitar o serviço”, destacou Janete.
O senador Magno Malta (PR-ES) parabenizou os organizadores pela iniciativa do seminário. A Assembleia Legislativa, ao promover o encontro, “deu um grande passo e exemplo para os demais estados brasileiros”. “É melhor cuidar de gente do que fazer pontes e estradas. Estou orgulhoso de Mato Grosso, pois se trata de um movimento forte”, relatou ele.
Na avaliação do presidente da AL, deputado José Riva, a falta de escolas e creches facilita os casos de pedofilia. Para reverter esse quadro, segundo o presidente “há a necessidade de se firmar parcerias com movimentos, por meio das câmaras municipais, prefeituras, Clubes Lions e Rotary e iniciativa privada”, disse Riva.
“A Assembleia Legislativa se preocupa muito com esse problema. Precisamos cuidar das crianças com educação familiar orientando os pais para denunciar os casos”, lembrou o presidente da Casa.