O ministro dos Esportes, Orlando Silva, isentou o governo federal das duras críticas feitas pelo secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, sobre o atraso nas obras para a construção e reforma dos estádios para a Copa do Mundo de 2014.
Segundo o ministro, a culpa pelo atraso é das cidades, e não do governo federal. “A União não tem responsabilidade na construção das arenas. Pois entrou apenas com o financiamento, por meio do BNDES. Isso é responsabilidade das cidades”. Para Orlando Silva, o governo federal tem feito a sua parte concluindo as obras de reforma em aeroportos, estruturas viárias e outras obras de infraestrutura.
De acordo com o ministro, o BNDES também poderia pressionar as cidades sobre os prazos estabelecidos nos contratos, mas, até agora, apenas três cidades-sede enviaram cartas de intenção para o BNDES solicitando os empréstimos. Apesar disso, Silva manteve o otimismo quanto à realização da Copa do Mundo no Brasil. “É preciso ver isso mais de perto. Tenho certeza que se o Jerome (secretário da Fifa) visitar as cidades, ficaria mais tranquilo”.
“Atraso impressionante”
Nesta terça-feira, Jerome Valcke fez duras críticas à demora para o início das obras nos estádios que receberão o Mundial daqui a quatro anos.
“Recebi um relatório sobre a situação dos estádios brasileiros e preciso dizer que não é muito boa. Há alguns [estádios] com o alerta vermelho já aceso, o que é impressionante. É impressionante como o Brasil já está atrasado. E não estou falando apenas do Morumbi ou do Maracanã, estou falando de vários estádios”, afirmou o secretário-geral.
“Os estádios são os pontos mais básicos que precisamos para ter uma Copa do Mundo e no Brasil, nesse momento, a maioria dos prazos já foi desrespeitado e nós precisaremos trabalhar com novos prazos”, complementou. A exigência inicial da Fifa, ao definir o Brasil como país-sede do Mundial de 2014, era de que as obras nas arenas começassem no início de maio de 2010.
O cartola da Fifa também comentou as especulações de que o projeto do estádio de Brasília seria alterado para que ele comportasse apenas 30 mil torcedores. Nesse caso, a arena estaria completamente descartada para receber a partida de abertura do torneio
U.Seg