quinta-feira, 21/11/2024
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Senador pede e governador atende nas demissões de secretários

Em tom enérgico, durante o seu pronunciamento, o senador Jayme Campos pediu explicações ao governo mato-grossense e ao BNDES quanto à denúncia de superfaturamento na aquisição de máquinas por parte da administração estadual.

O parlamentar ainda cobrou a imediata demissão dos secretários Vilceu Marcheti, de Infraestrutura, e Geraldo de Vitto, de Administração, responsáveis diretos pela licitação de compra dos equipamentos.

O senador Jayme Campos requereu verbalmente a participação do Ministério Público Federal na investigação da denúncia de que o governo mato-grossense comprou maquinários superfaturados com dinheiro proveniente de financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o senador, o Ministério Público de Mato Grosso apurou indícios de sobrepreço de R$ 26 milhões na compra, que teve o valor total de R$ 241 milhões. Os bens adquiridos foram repassados para 141 prefeituras.

Segundo o parlamentar, os caminhões foram comprados a um preço médio de R$ 243 mil, mas nas concessionárias de Cuiabá veículos idênticos e da mesma marca podem ser encontrados por valores que variam de R$ 188 mil a R$ 192
mil.

O Ministério Público estadual detectou crime de fraude à licitação e peculato, informou Jayme Campos. O senador afirmou que as empresas, ao
justificarem o sobrepreço, alegaram que os valores foram majorados para fazerem frente a propinas cobradas por agentes públicos.

– Olha a que ponto chegamos: a empresa dizendo que tinha que superfaturar para poder pagar a propina – afirmou o parlamentar, acrescentando que uma multinacional se negou a participar da licitação por recusar a se envolver em esquema fraudulento.

Para Jayme Campos, trata-se de “um escândalo de proporções colossais”. O representante de Mato Grosso cobrou do BNDES uma explicação, uma vez que casos semelhantes com recursos do banco se repetem em todo o Brasil, como o que foi comunicado minutos antes pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR).

O senador criticou ainda nota do chefe da Casa Civil do governo de Mato Grosso, Eder Morais, segundo a qual as empresas vencedoras da licitação já foram notificadas e estão ressarcindo o erário, já tendo sido recuperados
cerca de R$ 6 milhões. Para ele, a declaração soou como uma confissão de culpa.

O parlamentar disse ainda que é uma coisa inédita a devolução de dinheiro obtido por superfaturamento e cobrou do atual governador, Silval Barbosa, caso seja verdade, um plano de aplicação do dinheiro devolvido.

Jayme Campos disse ainda que a denúncia coloca em xeque a credibilidade do ex-governador Blairo Maggi, responsável pela concorrência que resultou nas compras superfaturadas. “Se o caso não for esclarecido, restará a ele (Blairo) apenas a vergonha de ter comandado uma grande fraude”, criticou.

Para o senador, a corrupção é uma “inimiga oculta” da democracia:

– A sociedade mato-grossense e o país precisam de respostas. Queremos ver uma ação enérgica e exemplar do governo, divulgando com clareza os fatos e responsabilizando os culpados. Porque a corrupção é uma praga que se mata com transparência e punição.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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