Seul – A Coreia do Norte informou hoje que não haverá progressos em sua desnuclearização se Coreia do Sul e Estados Unidos realizarem suas manobras militares conjuntas, previstas para a próxima semana, informou a agência oficial de notícias norte-coreana “KCNA”.
“A desnuclearização vai avançar nem mais um passo enquanto prosseguir a ameaça nuclear dos EUA contra Coreia do Norte”, indicou o regime comunista em um escritório da “KCNA”, citada pela agência sul-coreana “Yonhap”.
Coreia do Sul e Estados Unidos devem realizar, entre os dias 8 e 18 deste mês, manobras militares conjuntas nas quais mobilizarão milhares de tropas e um porta-aviões nuclear, em um exercício destinado a evitar uma eventual invasão norte-coreana.
Washington e Seul argumentam que se tratam de exercícios rotineiros defensivos com caráter anual, mas Pyongyang os considera como a preparação de uma eventual guerra.
Segundo a Coreia do Norte, as manobras justificam, além disso, a posse de armas nucleares com poder dissuasivo contra ameaças militares dos EUA.
Os comentários da Coreia do Norte chegam quando existem sinais de que o regime comunista poderia retornar às negociações de seis lados sobre seu desarmamento nuclear, bloqueadas desde o final de 2008.
Para retomar o diálogo nuclear, Pyongyang reivindica que o armistício que assinou em 1953, ao término da Guerra da Coreia, seja substituído por um tratado de paz e que sejam retiradas as sanções internacionais impostas após o lançamento de seu foguete de comprimento e seu teste nuclear de 2009.
Na semana passada o representante especial americano para Coreia do Norte, Stephen Bosworth, viajou à China, Coreia do Sul e Japão com a finalidade de reativar o diálogo, do qual também participa a Rússia.
Em Seul, Bosworth se mostrou disposto a debater com a Coreia do Norte o estabelecimento de relações diplomáticas e o tratado de paz quando o país comunista retornar ao diálogo nuclear e forem registrados progressos em seu desarmamento.
U.Seg