O medo da violência acarreta danos psicológicos em toda a sociedade,
principalmente aos que atuam na área de segurança privada, como é o caso dos
431 mil vigilantes hoje registrados no Brasil. De olho nesse grande número e
preocupado com os efeitos psicológicos que a violência urbana provoca, o
deputado federal Eliene Lima (PP-MT) apresentou um projeto de lei que
estabelece a obrigatoriedade de vigilantes de todo o País passarem por uma
avaliação psicológica anual.
A medida é para evitar que efeitos psicológicos interfiram no exercício
profissional da categoria. “Esses servidores são submetidos a condições de
trabalho nem sempre favoráveis, e ainda sofrem pressão constante dos
empregadores e dos usuários de seus serviços. É necessário que seja
oferecido a eles acompanhamento psicológico e psiquiátrico”, argumenta o
parlamentar.
Pela proposta, o exercício da profissão de vigilante só poderá ser exercido
caso o profissional seja considerado apto em exame de saúde ocupacional e na
avaliação psicológica. Ambos os testes serão aplicados anualmente, e caso
seja necessário, o vigilante terá o direito de receber assistência
psicológica.
“Todos os dias o vigilante se questiona se voltará vivo para casa. Tais
pensamentos podem, ao longo do tempo, causar danos psicológicos que cedo ou
tarde poderão dificultar, atrapalhar ou até mesmo impedir o exercício de
suas atividades profissionais”, complementa Eliene Lima.