domingo, 24/11/2024
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Em 7 anos, apreensões de cocaína dobram no Brasil, diz ONU

As apreensões de cocaína no Brasil vêm aumentando consideravelmente nos últimos anos e mais do que dobraram desde o início da década, segundo informa um relatório divulgado nesta quarta-feira pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O documento da Junta Internacional Fiscalizadora de Entorpecentes (Jife) indica que as apreensões de cocaína no Brasil totalizaram 19,7 t em 2008, um aumento de cerca de 15% em relação ao ano anterior.

As apreensões de maconha no Brasil, por outro lado, tiveram uma pequena queda em 2008, segundo o relatório da Jife. Naquele ano, o Brasil apreendeu 187,1 t da droga, contra 199 t no ano anterior.

A quantidade de cocaína apreendida pelo Brasil mais do que dobrou em relação a 2001, o primeiro ano com estatísticas disponíveis. Naquele ano, foram apreendidos pelo país 8,3 t da droga.

No mesmo período, as apreensões de cocaína no México, país com perfil semelhante ao do Brasil (ambos são países utilizados para o trânsito da droga entre os países produtores e consumidores, mas também têm um mercado consumidor interno), teve uma queda de 30 t apreendidas em 2001 para 19,3 t em 2008.

O relatório da Jife afirma que “as fronteiras permeáveis e longas áreas costeiras na América do Sul são um desafio para as autoridades de controle do tráfico de drogas na região”.

Segundo o documento, em toda a região houve “um aumento no uso de aeronaves leves com números de registro falsos ou roubados, operando em pistas de pouso pequenas e privadas, em áreas remotas, para transportar cocaína”.

Segundo o documento, cerca de metade da cocaína apreendida pelo Brasil em 2008 havia sido traficada por rotas aéreas. A Jife também relata um aumento no uso das chamadas “mulas” (pessoas que transportam a droga no próprio corpo) e do transporte da cocaína dissolvida em líquidos.

Diversificação
O relatório da ONU adverte ainda para a “diversificação” verificada nos negócios das organizações criminosas dedicadas ao tráfico de drogas na América do Sul.

Segundo a Jife, essas organizações “parecem estar se expandindo para áreas de atividade ilícita não previamente associadas aos problemas com drogas na região”.

A organização afirma ter verificado em vários países da região tentativas de desviar substâncias utilizadas para a fabricação de estimulantes do tipo anfetamina, como o ecstasy.

Em 2008, foram registrados os primeiros desmantelamentos de laboratórios ilegais para a fabricação de ecstasy na região, na Argentina e no Brasil.

Após o fechamento de um laboratório e a apreensão recorde de 132 mil unidades de ecstasy no Brasil em 2008, um novo laboratório foi localizado e fechado no país no ano passado.

Para a Jife, a América do Sul, que já era considerada uma das grandes áreas de destino do ecstasy produzido principalmente na Europa e na América do Norte, está se tornando também uma grande produtora da droga.

“Segundo o último relatório da Organização Mundial Alfandegária, em 2008 foram registradas apreensões de ecstasy originário do Brasil, do Chile e do Suriname na Holanda e na Suécia”, afirma o relatório.

Terra

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Parmenas Alt
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