domingo, 24/11/2024
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EUA confirmam que corpos achados são de soldados desaparecidos

Até o momento, o Pentágono havia se limitado a confirmar que dois corpos foram achados, mas não indicava se eram ou não dos militares Kristian Menchaca, de 23 anos, e Thomas Tucker, de 25, desaparecidos nos arredores da cidade de Yusufiya.

Em entrevista coletiva retransmitida de Bagdá à imprensa em Washington, um porta-voz militar, o general William Caldwell, disse que desde a noite de segunda-feira o Exército americano sabia que os corpos encontrados pertenciam aos dois soldados desaparecidos, apesar de não haver possibilidades de analisá-los antes do amanhecer.

“Como não tínhamos certeza, seguimos adiante e estabelecemos um cordão ao redor da área para protegê-la, para que não passasse ninguém até o amanhecer”, acrescentou o porta-voz.

No começo da manhã de hoje, equipes de artífices e outros analistas chegaram ao local para recuperar os corpos, e precisaram, segundo o general, que “desmontar algumas coisas antes de chegar a eles”.

O porta-voz não quis confirmar se os corpos mostravam sinais de tortura, como foi anunciado anteriormente pelo representante do Ministério da Defesa iraquiana, Abdelaziz Mohamad.

Segundo Mohamad, os corpos encontrados hoje tinham marcas de bala e sinais de tortura.

A notícia sobre a descoberta dos corpos apareceu no momento em que uma mensagem por escrito publicada em uma página usada por militantes islâmicos dizia que Abu Hamza al-Muhajer, o novo líder do grupo extremista Al-Qaeda no Iraque, degolou pessoalmente os dois militares americanos em questão.

A autenticidade da mensagem não pôde ser imediatamente confirmada. A atribuição das decapitações a Muhajer poderia ser uma tentativa de afirmação do homem que substitui o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi à frente da Al-Qaeda no Iraque.

Milhares de militares americanos participaram desde a sexta-feira de operações de busca dos dois militares em várias aldeias localizadas no chamado “triângulo da morte”, que inclui cidades como Iskandaria e Mahmudiya, além de Yusufiya.

O chamado “Conselho da Shura (consultivo) dos Mujahedins”, um dos grupos integrantes da “Al-Qaeda na Mesopotâmia”, reivindicara na segunda-feira, mediante dois comunicados na internet, a autoria dos seqüestros dos dois soldados americanos e de quatro diplomatas russos capturados no dia 3 deste mês em Bagdá.

“Vítimas inocentes”

Um helicóptero viu-se obrigado a fazer um pouso de emergência depois de atingir linhas de eletricidade. Nenhum membro da tripulação ficou ferido. Mas três combatentes foram mortos quando tentaram atacar a aeronave.

Três supostos insurgentes também foram capturados escondidos em uma casa em meio a nove mulheres. Segundo os militares dos EUA, foram encontrados dez fuzis AK-47 nas operações.

Um homem que afirmou se chamar Mohammed Jabar al-Qaduri disse que dois dos mortos eram Jassem e Mazen, filhos dele, e que todas as vítimas dos norte-americanos trabalhavam em um criadouro de aves localizado perto das casas atacadas.

“Ele não atacaram nenhum norte-americano. Não temos problemas com os norte-americanos. Não temos estrangeiros aqui”, disse.

Um membro da polícia iraquiana afirmou que entre os mortos estava um garoto de 12 anos de idade. Um colchão cheio de sangue podia ser visto dentro de uma das casas atacadas. Segundo moradores do local, o menino dormia ali quando foi atingido por tiros.

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Parmenas Alt
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