Não é por acaso que Mato Grosso mantém desde 1998, segundo IBGE, o status de estado com maior rebanho de bovinos do país com 26 milhões de cabeças. Além de investimentos em tecnologias de nutrição, manejo e boa gestão, atingir esse patamar só foi possível graças a competência e comprometimento do produtor quanto a sanidade animal do rebanho. A manutenção da sanidade nas propriedades mato-grossenses foi fundamental para a retomada da comercialização para a União Européia, o que contribuiu para a conquista de novos mercados. “Hoje exportamos para 160 países”, disse o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, Rui Prado.
Atrelada a questão sanitária está o pioneirismo da Famato que, em parceria com o Fundo Emergencial contra a Febre Aftosa (Fefa), ao longo dos anos, além da vacinação do rebanho bovino do estado, promoveu a distribuição de mais de 700 mil doses de vacinas para a Associação de Pecuaristas de San Matias, na Bolívia, e para as aldeias indígenas de Mato Grosso, somando 20 mil doses aplicadas. Fato que cabe ao governo federal.
No ano passado, Mato Grosso passou a realizar apenas duas etapas de vacinação: em maio para animais de 0 a 24 meses e em novembro para animais de todas as idades. A etapa que era realizada em fevereiro foi eliminada, sendo mantida apenas nos municípios localizados na faixa de fronteira com a Bolívia.
Para o médico veterinário Augusto Zanata, do Departamento Técnico da Federação, a boa saúde dos animais também refletiu em outros fatores da cadeia produtiva dos bovinos em 2009 como a produtividade com incremento de 1 milhão de cabeças sem abertura de novas áreas, instalação de indústrias e geração de emprego e renda.