Não é de agora a investida governamental do governo LULA, sobre o interesse em privatizar os hospitais universitários brasileiros, como forma de se desonerar dos hospitais escolas que tanto prestigio tem oferecido em qualidade de serviços a população que só tem o SUS como único meio de tratamento.
Assim, um Hospital tem um tratamento totalmente diferenciado em relação a qualquer funcionamento de uma empresa, pois o mesmo opera durante 24 horas ininterruptamente, com equipes distintas, cujo fim principal é o atendimento ao paciente que ali se encontra, pois a qualquer erro se paga na justiça, o que não podemos aceitar é o desmonte que o governo federal vem procurando fazer, primeiro procura terceirizar os serviços, depois propõe que o mesmo seja fundação, afirmando que a solução esta no regime CLT o que uma inverdade, as necessidades são realmente contratações para que todos possam trabalhar com dignidade e presteza, com animo e alegria.
Nesse sentido do desmonte, o governo federal neste ano de 2009 e para 2010 limitou em mais ou menos 6.000 horas de plantões no Hospital HUJM quando o mínimo necessário seria 22.000 horas para atender a demanda. Como exemplo, estudo do COREN-MT diz que são necessários mais 52 Enfermeiros e 59 Técnicos de Enfermagem para completar o quadro do Hospital no mínimo, já os senhores escrivaes do MEC sem nunca terem estado dentro de um Hospital. Dizem que são suficientes 47 Técnicos de Enfermagem e 12 Enfermeiros seriam suficientes para responderem pelo universo que é o HUJM, para mim isso é trabalho escravo alem de diminuírem as horas de plantão.
Portanto, parafraseando aqui a fala da Magnífica Reitora da UFMT em reunião com os funcionários do Hospital JULIO Muller …“Não tem fecha o setor”…, Ora é muito fácil falar assim, então se não tiver horas para o plantão da NUTRIÇÃO, os usuários ficarão sem se alimentar nos finais de semana?. Se não houver horas de plantão para a lavanderia, os usuários ficarão sem as roupas limpas? Isso parece ser próprio de quem não vive o hospital ou nunca ficou 24 horas dentro do mesmo, para que possam vivenciar a crise que todos vivem. Salvo melhor Juízo por falta de pessoal dois leitos da UTI/HUJM poderão ser desativados a qualquer momento.
Então, comunidade Mato-Grossense quem prejudica o serviço não é o FUNCIONÁRIO e sim a política da administração superior com relação a saúde publica, o que faz com que a sociedade como um todo se sinta prejudicada pois só tem este Hospital Público e de referencia no Estado de Mato Grosso.
A nós, Entidades Sindicais, só nos resta dizer que esta ACÃO CIVIL PÚBLICA é o único remédio neste momento em defesa da SOCIEDADE.
Contra qualquer tipo de corte do HUJM, por novas contratações, pelo restabelecimento dos plantões. Conta qualquer forma de precarização do Hospital, contra a terceirização, contra qualquer tipo de FUNDACAO.
NÃO QUEREMOS A GREVE, MAS SE NECESSÁRIA SERÁ FEITA,. PELOS DIREITOS CONQUISTADOS, EM DEFESA DO HUJM
Prof. Carlos Alberto Eilert é Presidente da ADUFMAT-S.SIND.