Denver (EUA), 15 dez (EFE).- A cadeia americana de supermercados Albertsons pagará US$ 8,9 milhões para pôr fim a três processos por discriminação que foram apresentadas contra ela por 168 trabalhadores hispânicos e afro-americanos que trabalharam em um armazém da empresa, na região da cidade de Denver.
Segundo informação divulgada hoje pela Comissão de Oportunidades de Emprego Equitativas (EEOC, na sigla em inglês), a firma aceitou pagar essa soma depois que investigadores da Comissão comprovaram a veracidade das denúncias que indicavam que os operários de grupos minoritários eram alvos de insultos raciais.
O pagamento será distribuído entre 168 trabalhadores (atuais e ex-funcionários) da adega de Albertsons na localidade de Aurora.
Os beneficiados vão receber somas variáveis, dependendo da quantidade de anos que tenham trabalhado como empregados da empresa e da severidade das manifestações, com um mínimo de US$ 4.500 por pessoa, explicou Mary Jo O”Neill, advogada regional do EEOC.
O primeiro processo, apresentado em 2006, afirmava que, além dos insultos contra hispânicos e afro-americanos, também havia pinturas nos banheiros com imagens relacionadas a uma “supremacia” de grupos brancos, incluindo desenhos de pessoas sendo linchadas.
Além disso, de acordo com os advogados da EEOC, os supervisores do armazém de Albertsons não apenas conheciam a situação, como alguns deles inclusive participaram das ações de discriminação contra as minorias.
Em abril de 2008 a EEOC apresentou outros dois processos contra a empresa, ambas relacionadas com o mesmo centro de distribuição, já que aparentemente vários empregados de grupos minoritários não receberam as promoções que tinham direito e outros foram despedidos após queixas.
Em comunicado, Christine Wilcox, porta-voz da rede Albertsons, enfatizou que os incidentes ocorreram antes que a empresa tivesse conhecimento dos incidentes do armazém em Aurora, em junho de 2006, acrescentando que, de toda forma, chegou-se a um acordo monetário com a EEOC “para encerrar uma custosa disputa legal”.
O centro de distribuição onde ocorreram os fatos será fechado em breve, embora por razões alheias aos processos judiciais, segundo explicaram os representantes da EEOC. EFE fm/fm