Sobre reportagem publicada na imprensa a respeito da morte de paciente dia 27 de novembro no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) na qual o Dr. Alberto Bicudo, plantonista, declara em Boletim de Ocorrência e em denúncia apresentada pelo Sindimed ao Ministério Público que há hipótese do óbito ter ocorrido por falta de um “desfribilador funcionante” e pela falta de médicos para atendimento, a SMS esclarece que:
– A reclamação do médico em relação ao equipamento que apresentou defeito no momento do atendimento foi solucionada na manhã do dia seguinte, pois se tratava de um fusível queimado conforme informação enviada pelo serviço de manutenção
– Esclarece que há mais três aparelhos desfibriladores em sala adjacente que no momento estavam em pleno funcionamento e poderiam ter sido utilizados no atendimento em questão.
– Que este aparelho é um dispositivo eletrônico cujo uso na urgência de uma PARADA CARDIORESPIRATORIA pode ser determinante se o tipo de parada for uma Fibrilação Ventricular ou Taquicardia Ventricular; sem Pulso. Se a PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA for Atividade Elétrica sem Pulso ou Assistolia, não há a necessidade do uso da desfribrilação.
– Esclarece que é rotina ao se iniciar um plantão que o médico plantonista avalie os equipamentos disponíveis ao atendimento de uma emergência para que estejam em pleno funcionamento e não ocorra o risco de o desfibrilador não funcionar no momento da emergência, e não só do desfibrilador, mas também o laringoscópio com suas pilhas, se o carrinho de emergência está completo com suas medicações, e ainda esclareço que pra o sucesso da reversão de uma, PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA, todos os outros procedimentos tem ser feito de maneira correta com ênfase na Massagem Cardíaca, conforme protocolo mundial (ACLS).
– Esclarece que no Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá a ocorrência para o uso deste equipamento no PRONTO-ATENDIMENTO é de no máximo duas a três vezes ao dia e, sendo assim, há disponível quatro equipamentos, DESFIBRILADOR, havendo uma reserva técnica deste equipamento no PRONTO-ATENDIMENTO.
– Já em relação à equipe médica, ficou acordado em JUIZO que o Sindicato dos Médicos teria um prazo de dez dias para apresentar a listagem dos médicos que retornariam ao trabalho, porém ainda não recebemos a listagem para que a escala de médicos seja prontamente restabelecida. Inclusive neste dia, houve falta sem justificativa do médico clinico geral Dr. Christian Teruya que não havia pedido demissão previa nem durante a greve e nem posteriormente.
– A Secretaria de Saúde informa ainda que abriu procedimento administrativo para apurar responsabilidades e se constatada falha da equipe médica de plantão esta será denunciada ao Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso.
– Finalmente, a SMS informa que vai protocolar hoje (01-11) documento explicando ao juiz Roberto Teixera Seror, da Quinta Vara Especializada da Fazenda Pública, tudo o que ocorreu naquele plantão, inclusive com informações técnicas.