O processo de manejo para a vacinação do rebanho torna-se extremamente difícil em diversas regiões de Mato Grosso, especialmente no Pantanal no período chuvoso. Por isso, alguns sindicatos rurais reivindicaram a alteração na data para o início dos trabalhos já que a campanha acontece de 1º a 31 de novembro. Os produtores consideram importante iniciar a vacinação no final deste mês de outubro. A solicitação foi encaminhada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), ao Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) e à Superintendência Federal da Agricultura em Mato Grosso.
Por meio de ofício a Federação solicitou ao Indea a liberação da comercialização, pedido que já foi atendido e agora aguarda resposta da Superintendência da Agricultura quanto à liberação imediata da vacinação do rebanho em todo território estadual. “Nós precisamos aproveitar este período de clima estável para fazer a vacinação do rebanho. Quando as chuvas se intensificarem, como sempre ocorre no mês de novembro, o manejo para vacinação se torna mais complicado” justificou o presidente da Federação Rui Prado.
A expectativa da Famato é de que o produtor mato-grossense aproveite este período e antecipe a imunização do rebanho bovino e bubalino de todas as idades “Mato Grosso tem sido exemplo ao país em relação à responsabilidade do produtor com a sanidade animal. Temos alcançado índices excelentes nas campanhas de vacinação e com isso, o estado está há quase 14 anos sem nenhuma ocorrência da doença” destacou Prado.
Na etapa maio da campanha de vacinação de 2009, Mato Grosso alcançou 99,72% de imunização do rebanho, índice considerado excelente e que poderá ser superado nesta etapa de novembro, já que o produtor terá um período maior e mais propício à vacinação. “Mato Grosso tem o maior rebanho do Brasil com 26 milhões de cabeças de bovinos e quase 17 mil búfalos. Os altos índices de vacinação registrados nas últimas campanhas demonstra a responsabilidade do produtor e seu grau de conscientização sobre a importância da imunização. Estamos há vários anos livres da doença, no entanto não podemos baixar a guarda” alertou Eduardo Alves Ferreira Neto, diretor da Famato.
Elisete Mengatti / Cleber Gellio