Zangado porque o funcionário público E.R., de 33 anos, não pagara-lhe R$ 40 por um programa num motel da Capital, um adolescente de 17 anos tomou as chaves do veículo Gol do seu cliente.
Nesse momento, passava pelo local um carro da Polícia Militar e o funcionário público tentou se livrar da dívida. Começou a gritar alegando ter sido vítima de uma tentativa de roubo.
Os policiais acreditavam estar diante de uma tentativa de assalto, detiveram o adolescente e o levaram para a Delegacia Metropolitana da Capital. O fato ocorreu, ontem, por volta das 23 horas.
Na Delegacia, o adolescente negou a tentativa de roubo e confirmou que estava sendo vítima de um calote. Em relato ao delegado Márcio Alegria, o adolescente disse que entrou no carro do funcionário público, que o convidara para fazer um programa. Combinaram o preço em R$ 40, mas o cliente se negou a pagar. Então, ele pegou as chaves do carro e disse que só devolveria caso recebesse conforme o combinado.
Segundo o menor, ele faz ponto diariamente na rua Barão de Melgaço, nas proximidades da travessa João Dias, e, no início da noite, apareceu o funcionário público num Gol. Então, resolveram fazer um programa “completo” – incluindo sexo oral e bebidas. Os dois se deslocaram até um motel no bairro Cidade Verde, onde permaneceram por cerca de três horas.
De lá, E.R. retornou ao ponto de prostituição, mas um quarteirão antes pediu que o adolescente descesse e anunciou que não iria pagar nada. Então, o garoto tomou-lhe as chaves do carro e ainda solicitou ajuda a um colega para tentar receber a dívida. Nesse momento, passava uma viatura da PM, que foi chamada pelo dono do carro.
O delegado liberou o adolescente depois de ouvi-lo. O funcionário público negou o programa e o calote no garoto. Policiais informaram ser comum que clientes façam programas e apliquem calotes. “Alegam ter sido assaltados, nas dependendo do horário e do local, não dá para enganar. Pior porque o garoto fala na frente de todo mundo”, disse um policial.
DC