BRASÍLIA – A Síntese dos Indicadores Socais, feita com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), mostra que, em 2008, metade das famílias brasileiras ainda vivia com menos de R$ 415 per capita. Os dados foram revelados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, 44,7% das crianças e adolescentes de até 17 anos viviam, em 2008, com uma renda familiar per capita de meio salário mínimo. Outras 18,5% com apenas ¼ de salário mínimo, o que representava pouco mais de R$ 103.
A pesquisa enfatiza que a distribuição de renda no País continua bastante desigual. No Nordeste, o rendimento médio foi de R$ 250 per capita, contra R$ 500 no Sudeste.
Apesar disso, o Pnad mostra que há uma tendência de melhoria do rendimento, principalmente entre os muito pobres. Em 1998, as pessoas que viviam com até ¼ de salário mínimo representavam 32,4%. Em 2008, esse número caiu para 22,6%. O Nordeste registrou a queda mais significativa, passando de 54,3%, em 2003, para 41,3%, em 2008.
O estudo destaca que a renda da família está diretamente ligada à frequência escolar. Quanto maior a renda, maior o número de crianças estudando. Segundo o IBGE, de 0 a 3 anos, a taxa foi de 18,5% para as famílias que viviam com até ½ salário mínimo per capita, enquanto para as que viviam com mais de 3 salários mínimos per capita foi de 46,2%.
Considerando a frequência escolar dos adolescentes de 15 a 17 anos, ela foi de 78,4% entre os 20% mais pobres e, 93,7%, nos 20% mais ricos.
“Chefes de família”
De acordo com o IBGE, houve um aumento significativo em 10 anos das mulheres que se dizem “referência do domicílio”. O número passou de 25,9%, em 1998, para 34,9%, em 2008.
Fonte: Último segundo