Adotada exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a metodologia do teste rápido para HIV é resultado de uma criteriosa avaliação do Ministério da Saúde, que após fazer diversos experimentos com sete diferentes marcas, adotou quatro delas com 100% de concordância.
Assim, pessoas que vivam em regiões onde não exista um serviço apropriado de saúde que viabilize a realização do teste convencional e aquelas que tenham necessidade do diagnóstico imediato, como as grávidas que chegam ao terceiro mês de gestação sem o exame, viajantes que se envolveram em situação de risco e vítimas de violência, por exemplo, podem fazer o teste rápido.
Depois de uma conversa com o paciente, o executor colhe uma amostra de sangue por meio de pulsão digital (com um pequeno furo no dedo), aplica no teste e dez minutos depois aparece o resultado. Em seguida, a operação é repetida com um teste de marca diferente. Havendo discordância entre os resultados, é realizado um terceiro teste.
“Quando o resultado é negativo, recomendamos que o paciente faça o teste convencional depois de 30 dias para excluir a possibilidade, que existe, de o vírus não se manifestar num determinado período”, ressalta a farmacêutica do Serviço de Atendimento Especializado (SAE). Ainda de acordo com ela, esta metodologia do Ministério da Saúde garante um diagnóstico final.
Como os exames são realizados em locais adequados, após o diagnóstico o paciente soro positivo para HIV é imediatamente encaminhado para o procedimento pós-diagnóstico, que inclui a realização de novos exames, para avaliar sua condição de saúde, acompanhamento psicológico, atendimento médico e todo o tratamento necessário.
Para a gerente do SAE de Cuiabá, Márcia Quatti, esta agilidade é uma contribuição bastante significativa à saúde pública, pois, além de garantir ao portador do HIV o início imediato do tratamento adequado, melhorando sua qualidade de vida, havendo ciência do diagnóstico diminui-se os riscos de transmissão do vírus.