A rede pública estadual de ensino poderá adotar programas de combate à obesidade em crianças e adolescentes de Mato Grosso. A proposta está no projeto de lei de autoria do presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PP), já aprovada em primeira votação e que deve ingressar na pauta de votação final, na volta do recesso parlamentar.
No projeto, Riva sugere que sejam estabelecidas diretrizes para o combate a obesidade do estudante da rede pública de educação. “Entendemos ser indispensável medidas para o acompanhamento da saúde de nossas crianças e adolescentes”.
Neste caso, o estudante, para se inscrever, deverá, quando menor de idade, apresentar autorização escrita de seus pais ou responsável. Uma vez cadastrado no programa, o estudante será avaliado e, diagnosticada a obesidade, receberá tratamento e acompanhamento médico gratuito.
Pelo projeto, as consultas e avaliações médicas serão prestadas dentro do estabelecimento de ensino, no qual o estudante está matriculado e sempre que existir possibilidade, a coleta dos materiais para exames laboratoriais será realizada na própria escola.
Os profissionais de saúde que acompanham o tratamento do estudante, se necessário, convidarão seus pais ou responsável para prestarem orientações indispensáveis ao sucesso do tratamento. Havendo necessidade de procedimentos cirúrgicos, com a anuência dos pais ou responsáveis, o estudante será encaminhado aos órgãos competentes.
“Estamos tentando proteger a saúde dos jovens estudantes, direito amparado pela Constituição Federal”, afirma o deputado.
Estudos realizados pela ONG Pró-Criança Cardíaca, do Rio de Janeiro, em 600 crianças e adolescentes, com idade de 6 a 18 anos, sendo a maioria acima do peso, indicaram resultados assustadores.
Do total da pesquisa, 41,6% apresentavam colesterol elevado, com altas taxas de LDL, 11,6% apresentavam taxa de triglicérides altas. O triglicéride é um tipo de gordura precursora do colesterol, que aumenta com uma alimentação rica em gorduras e carboidratos. Outros 5% dos alunos tinham glicose alta.
SID Carneiro