A União Europeia (UE) lamentou nesta terça-feira a milésima execução por injeção letal nos Estados Unidos desde o retorno da punição, em 1976, e pediu ao país que acabe com a pena de morte.
A Presidência do bloco –ocupada atualmente pela Suécia– divulgou nota “lamentando” profundamente a morte de Marvellous Keene, executado nesta terça-feira em uma prisão do estado de Ohio.
“A UE é contra a pena capital em todos os casos e circunstâncias, e pediu reiteradamente sua abolição universal para proteger a dignidade e os Direitos Humanos”, diz a nota.
O documento alega ainda que este “castigo cruel e desumano” não se demonstrou “dissuasório” e que qualquer erro judicial, “inevitável em qualquer sistema legal”, é irreversível.
Marvellous Keene, 36, foi condenado pelo assassinato de seis pessoas. Ele foi declarado morto 30 minutos após receber as injeções letais na Instalação de Correção de Lucasville, no sul de Ohio.
Em 1992, Keene e três cúmplices iniciaram uma série de ataques e roubos na Véspera de Natal em Dayton. Entre suas vítimas estava uma mãe de 18 anos de idade, baleada próximo a um telefone público, e um empregado de um armazém ferido na cabeça depois de entregar US$ 30 aos assaltantes.
Keene também foi condenado pela morte de dois adolescentes que o conheciam e que poderiam denunciá-lo.
Seus cúmplices cumprem sentenças de prisão perpétua.
Segundo o Centro de Informações Death Penalty de Washington, a execução de Keene foi a de número 1.171 nos EUA.
Ohio já executou 31 prisioneiros desde que reinstituiu a pena de morte em 1999. John Fautenberry, 45, um ex-motorista de caminhão do Oregon que cometeu assassinatos em vários Estados na década de 90, foi executado na semana passada.
F.Online/Com Efe e Reuters