A organização da Bienal dos Negócios da Agricultura, que será realizada em Cuiabá de 19 a 21 de agosto, está finalizando a programação do evento, considerado o maior congresso técnico-científico do setor no estado. Em sua terceira edição, a Bienal terá como tema central neste ano a renda agrícola. Mais de 1.000 participantes são esperados para o evento, incluindo os 500 maiores produtores rurais do estado. A organização é do Sistema Famato, em parceria com Senar, Aprosoja e Ampa.
De acordo com o coordenador do evento, Ricardo Arioli Silva, o objetivo central da Bienal é buscar novas formas de rentabilidade na produção agrícola. “Mas com certeza o evento vai nos permitir também avançar em outros temas relacionados, como sustentabilidade”, observa. Para isso, a programação técnica, que vai de palestras a fóruns, passando por mesas redondas e painéis, trará diversos especialistas capazes de, junto com o segmento produtivo, discutir e antecipar cenários e alternativas para a agricultura mato-grossense e brasileira.
TEMAS ESTRATÉGICOS – Nos três dias de evento, serão analisados tanto os pontos que limitam a renda da atividade agrícola no estado como as ferramentas para uma eficiente gestão rural. No dia 20 de agosto, um painel com o economista e consultor da Agrosecurity, Fernando Lobo Pimentel, e com o doutor e pesquisador do Programa de Estudos dos Negócios do Sistema Agroindustrial (Pensa), Samuel Ribeiro Giordano, tratará da gestão da propriedade rural “para dentro da porteira”. Aqui, a pauta incluirá a avaliação dos principais empecilhos para ganhos de produtividade e a identificação de formas de melhoria na administração das fazendas.
Ainda em relação à gestão, a Bienal inclui uma palestra sobre sucessão familiar com o consultor Wellington Bastos Barreto, da Guardian Consultoria. O tema será “Como evitar que a passagem do bastão afete sua competitividade?”. Considerado outro tema essencial à gestão rural, o custo de produção será discutido num painel sobre fertilizantes. Com presenças já confirmadas do assessor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ali Aldersi Saab, e do doutor e pesquisador da Esalq, José Paulo Malin, o painel avaliará tanto o potencial de auto-suficiência no segmento como alternativas para reduzir os custos com adubos.
Mas haverá espaço também para a análise dos gargalos que afetam a rentabilidade dos produtores. Um fórum ampliado discutirá a questão logística, buscando identificar os cenários futuros de investimento e os possíveis benefícios para o escoamento da produção. A questão fundiária também está na pauta. Um fórum reunirá o rizicultor Paulo César Quartieiro, de Roraima, e o general Luiz Gonzaga Lessa, que vão avaliar as conseqüências do processo de demarcação da Terra Indígena Raposa da Serra do Sol, em Roraima.
A atual configuração do mercado de commodities após a crise mundial também será abordada, em um painel com previsões e análises de safra e preços. Já confirmaram a presença para o painel o consultor André Pessoa (Agroconsult) e os analistas Darin Newson (DTN/The Progressive Farmer – EUA) e Pablo Adreani (AgriPAC – Argentina). A mediação ficará a cargo do jornalista João Batista Olivi (Terra Viva).
A programação da Bienal dos Negócios da Agricultura vai incluir também outros assuntos como sustentabilidade, financiamento e comercialização e políticas públicas. Além dos temas técnicos, o evento contará com uma feira comercial com stands de empresas patrocinadores e parceiras – com produtos e serviços para o produtor rural.