A primeira etapa deste ano da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite será realizada nesta sábado pelo Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais de Saúde. A meta é imunizar 14,7 milhões de crianças – 95% dos menores de cinco anos. A segunda etapa será no dia 22 de agosto.
Com o slogan “Não Dá pra Vacilar. Tem que Vacinar”, a campanha recebeu investimentos de R$ 46 milhões, sendo R$ 21,8 milhões com a aquisição dos imunobiológicos, R$ 13,2 milhões com transferência para as secretarias estaduais e municipais de Saúde e R$ 11 milhões para ações de comunicação e publicidade nas duas fases. Cento e quinze mil postos de vacinação, com cerca de 350 mil pessoas e a utilização de cerca de 40 mil veículos, estarão atendendo durante todo o dia.
O Brasil – assim como em toda a América Latina – já foi certificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de que não há circulação do vírus da poliomielite no nosso território.
A vacina contra a poliomielite é um serviço básico oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponível durante todo o ano nos postos de saúde, na vacinação de rotina. Além do esquema básico – as três doses de rotina – a criança de até cinco anos de idade tem de tomar todos os anos as duas doses da campanha. Até porque a paralisia é transmitida por três tipos de vírus. “As várias doses se justificam por isso. Se a criança não desenvolveu a imunidade com relação a um vírus, com as várias doses, ela tem oportunidade de se imunizar”, diz Arindelita.
A poliomielite é uma infecção grave. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é contaminada, mas adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso. As consequências mais comuns ocorrem nos membros inferiores, mas o vírus também pode ocasionar uma lesão mais grave em um ou mais membros ou até mesmo levar à morte – por meio de uma tetraparalisia. A doença é causada e transmitida por um vírus que entra no organismo via oral.
A pessoa infectada pode transmitir a doença pelas fezes que, em contato com o ambiente, atinge quem não foi devidamente imunizado. Como o vírus é muito leve, ele pode ser levado pelo ar, entrar em contato com o alimento, com os brinquedos, ou atingir a criança por via oral ou pela ingestão de água contaminada. Uma pessoa que teve a poliomielite, principalmente em um ambiente em que o saneamento básico é desfavorável, o vírus pode contaminar a água, o solo e o meio ambiente de forma geral.
U.Seg