“Há nove anos a vitima foi executada a tiros na porta da sua casa”
O julgamento de Ocilene Miranda Otaviano, de 39 anos, no Tribunal de Juri da Comarca de Cuiabá, que aconteceria nesta terça-feira (16), foi novamente adiado. O advogado do réu fez o pedido no fim da tarde de ontem (15) pela segunda vez e foi atendido.
O motivo alegado foi a impossibilidade do advogado do réu comparecer ao Tribunal, em razão de doença.
O réu que é acusado por homicídio qualificado era sobrinho da vitima e chegou a ficar preso, mas teve a prisão relaxada e responde pelo crime em liberdade.
Segundo a filha da vitima Cleonice de Arruda, as manobras do advogado do réu João Farias Gomes, revoltaram os parentes e amigos da vitima.
“Está cada dia mais difícil acreditar na justiça brasileira. Estamos enfrentando uma batalha para que esse julgamento ocorra. Enquanto aguardamos ansiosamente por justiça o réu circula tranquilamente pela cidade”, desabafou Cleonice.
Entenda o caso- Ênio Arruda, 60 anos, deixou viúva e três filhos. A vítima chegou a ocupar o cargo de secretário adjunto de serviços urbanos de Cuiabá, e foi executado com quatro tiros em frente a sua residência no bairro Cidade Verde no dia 4 de julho de 2002. Ele dirigia seu automóvel e, ao chegar ao portão, foi atingido pelos disparos.
Manifestação- Famíliares e amigos da vítima preparam manifestação pacifica para tentar entender o porque da prorrogação de prazo do julgamento.