As mulheres têm deixado um pouco de lado essa arte milenar por culpa da vida atribulada. “Com a modernidade, a mulher precisou desenvolver múltiplos papéis e, por conta disto, teve que enfrentar enormes desafios”, pondera a psicanalista Dorli Kamkhagi. Isso significa deixar um pouco de lado as armas da conquista e investir em outras frentes.
Dorli analisa a trajetória feminina numa sociedade tão masculinizada e diz que entre a aceitação no mercado de trabalho, as triplas jornadas e a necessidade incessante de aprovação, o lado sedutor foi ficando em segundo ou terceiro plano. “A mulher precisou desenvolver novas posturas, até como um mecanismo de defesa para poder viver e sobreviver neste novo espaço”.
A psicanalista, as questões ligadas à sedução passaram a ter diferentes formas de expressão, mas não deixaram de existir. “O que aconteceu foi uma transformação necessária e cultural para que esta mulher pudesse se ‘autorizar’ a investir em outros papéis e viver diferentes sonhos ou pesadelos. Mas a sedução faz parte e sempre estará presente nas relações humanas”.
E no meio de tudo isso, a mulher sabe bem o que o homem deseja quando o assunto é sedução. A maioria tem noção de que não se trata apenas do físico e que sim, há algo mais misterioso da ordem do encantamento, dos perfumes e das roupas. É o poder feminino, quase subliminar, na hora do jogo da sedução. Muitas vezes, mesmo sem querer e na correria do dia-a-dia, elas são mais sedutoras do que imaginam.
Por Sabrina Passos (MBPress)