sexta-feira, 15/11/2024
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Governo é criticado por enforcar jovem condenada por assassinato

Grupos internacionais de defesa dos direitos humanos protestaram contra a execução, na sexta-feira, de uma jovem iraniana condenada por um assassinato cometido quando ela tinha apenas 17 anos de idade. O enforcamento de Delara Darabi, de 23 anos, ocorreu apesar de a jovem ter sustentado durante seu julgamento que era inocente.

Ela havia confessado inicialmente a morte de um primo de seu pai, mas posteriormente disse ter feito a confissão para salvar o namorado.

A Justiça iraniana havia recentemente concedido uma suspensão da execução por dois meses, mas o advogado da jovem disse que as autoridades prisionais ignoraram a ordem e a enforcaram sem aviso prévio.

A Anistia Internacional se disse “escandalizada” com a execução e disse que Darabi não teve direito a um julgamento justo. Segundo a organização, desde 1990 o Irã executou 42 pessoas que haviam cometido crimes antes dos 18 anos, em desacordo com as leis internacionais.

Atenção internacional

O caso de Delara Darabi gerou grande atenção internacional após pinturas e desenhos dramáticos criados por ela em sua cela serem divulgados pelo mundo.

O correspondente da BBC em Teerã disse que na manhã de sexta-feira Darabi fez uma ligação telefônica desesperada para seus pais, dizendo que podia ver o carrasco por perto.

“Mãe, eles vão me executar, por favor, me salve”, disse ela, antes de um carcereiro tomar o telefone e afirmar: “vamos executar sua filha e não há nada que vocês possam fazer sobre isso”.

Hassiba Hadj Sahrahoi, sub-diretora da Anistia Internacional para o Oriente Médio e o Norte da África, disse que a execução rápida foi uma ação cínica para evitar protestos internacionais.

“A Anistia Internacional está escandalizada com a execução de Delara Darabi, particularmente com a notícia de que seu advogado não foi informado”, disse.

Segundo Sahrahoi, a organização não considera o julgamento de Darabi como justo, “já que os tribunais se recusaram a considerar novas provas que seu advogado dizia que poderiam ter provado que ela não cometeu o assassinato”.

U.Seg

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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