A polícia disse que um turista alemão, que tentava escapar em um barco das chamas na península de Halkidiki, popular centro turístico perto de Tessalônica, sofreu um ataque cardíaco e morreu afogado.
Milhares de turistas tiveram que fugir durante a noite em carros, barcos ou caminhando. O fogo, que se espalhou por 25 quilômetros, queimou milhares de hectares de florestas de pinheiros e casas de veraneio nos vilarejos de Polichrono, Hanioti e Pefkohori.
“Tive uma casa na região por mais de 35 anos, e nunca vi nada assim”, disse à Reuters o turista Petros Sagoridis, por telefone.
“O fogo espalhou-se rápido. Vai levar dias para avaliarmos o que foi queimado, mas o tamanho é inacreditável. É como uma enorme parede de fogo”, disse.
Mais de 1.200 pessoas embarcaram em navios e barcos da guarda-costeira para escapar, disse em comunicado a prefeitura de Halkidiki. As autoridades retiraram cerca de 800 pessoas de dezenas de hotéis, acampamentos e colônias de férias para crianças. Também foram bloqueados os acessos a partes da península para facilitar o trânsito de caminhões de bombeiros.
“Um turista alemão morreu de ataque cardíaco quando tentava entrar no barco, e alguns moradores foram levados ao hospital com queimaduras leves e problemas respiratórios”, disse um policial.
Centenas de bombeiros, acusados pelos moradores de lentidão na reação ao fogo, que começou na noite de segunda-feira, lutaram contra as chamas durante a noite. A chegada de aviões dos bombeiros estava programada para o início desta terça-feira.
“Temos esperança de que o fogo estará sob controle em breve”, disse a repórteres Panagiotis Fourlas, chefe da defesa civil. “Mas a destruição é grande”.
Donos de hotéis disseram que alguns hóspedes começaram a voltar depois da retirada temporária.
“Não há mais perigo para as pessoas e não há motivo para não voltarem”, disse o prefeito de Halkidiki, Argyris Lafazanis.
A Grécia está passando pela semana que deverá ser a mais quente do ano, e os bombeiros estão combatendo diversos incêndios florestais no país.