Pego em contradição com relação a depoimentos anteriores, o soldado afirmou que “o depoimento verdadeiro é o de hoje”. Parentes de Carvalho assistiam à audiência lado a lado com parentes de vítimas da chacina. A presença de familiares do PM não constrangia Ana Paula da Silva, que perdeu o irmão e o primo.
“Eles estão em menor número. O sangue do meu irmão foi achado na jaqueta e no sapato dele. Como podem dizer que esse homem é inocente? Para mim essa gente que está aqui foi comprada”, afirmou.
A mulher de Carvalho, a dentista Lília Ramalho Fontes, exibia numa camiseta uma reprodução da ficha policial de Carvalho, que demonstra que ele era bom policial.
“Quando você vê o retrato falado dos acusados, percebe que meu marido não tem nada a ver com eles. Esse processo está cheio de falhas”, disse Lília, que assistia à sessão ao lado do sogro, Almir de Freitas Carvalho.
Em 31 de março de 2005 o Rio de Janeiro registrou a pior chacina já ocorrida no Estado. Por volta das 20 horas, 29 pessoas foram assassinadas nos municípios de Nova Iguaçu e Queimados. Quatro deles eram adolescentes que jogavam fliperama em um bar de Nova Iguaçu e apenas duas vítimas tinham antecedentes criminais.