Os líderes do G8 (os oito países mais ricos e a Rússia) iniciaram hoje em Hokkaido (norte do Japão) sua cúpula anual, de três dias de duração, na qual debaterão a situação econômica, a crise alimentícia e a mudança climática.
Em um dia chuvoso e sob forte proteção policial, os governantes dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Alemanha e Rússia foram recebidos um a um pelo anfitrião, o japonês Yasuo Fukuda, na entrada do luxuoso hotel Windsor, onde posaram para os fotógrafos antes de iniciar as sessões de trabalho.
Participam também nesta primeira sessão, centrada no desenvolvimento da África, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick; o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; e os chefes de Governo da Argélia, Etiópia, Gana, Nigéria, Senegal, África do Sul e Tanzânia.
O primeiro dia será dedicado ao desenvolvimento da África, pois um dos objetivos marcados pela Presidência japonesa do G8 é promover o cumprimento dos Objetivos do Milênio da ONU.
O outro objetivo é marcar uma data para reduzir as emissões de gases causadoras do efeito estufa, com os japoneses pressionando para que seja um corte de 50% em 2050 e os europeus pela mais concreta de 20% em 2020, preferida também pelas organizações ambientalistas.
Em qualquer caso parece difícil que seja alcançado um acordo vinculativo, além de marcar a desejada meta de 2050 sem muitas concretizações, pois Canadá e Estados Unidos não acreditam que a cúpula do G8 seja o fórum adequado.
Países emergentes como China e Índia, grandes emissores de gases do efeito estufa, não participam da cúpula do G8, mas estão convidados a participar nesta quarta-feira.
A reunião dos países mais ricos acolherá esta vez líder de outros 14 países, entre eles os maiores emissores de CO2, e será realizada até quarta-feira em um luxuoso e isolado hotel no lago Toya, protegido por mais de 20.000 policiais desdobrados em toda a ilha de Hokkaido.
U.Seg