Mulheres que bebem durante a gravidez estão expondo seus futuros filhos a risco de sofrer de doenças neurológicas. As evidências estão em uma pesquisa realizada pela Universidade do Chile e universidades norte-americanas.
Crianças nascidas de mães que utilizavam bebidas alcoólicas de maneira regular e pesada durante a gravidez apresentavam problemas neurológicos. Os problemas neurológicos eram semelhantes aos apresentados por alcoólatras, atingindo principalmente os nervos periféricos.
A lesão dessas estruturas pode levar a sensações estranhas como dores, “sensação de choque elétrico” e adormecimento dos braços e pernas tal e qual sentem os usuários crônicos de álcool adultos.
Os nervos periféricos são os responsáveis pela transmissão das sensações captadas pela pele para o cérebro.
Para se classificar uma pessoa como usuária regular e pesada de álcool, o critério é a utilização de 4 drinques diários. O drinque padrão corresponde a uma lata de cerveja, um copo de vinho ou um drinque misto.
No estudo em questão, as mães foram alertadas para os possíveis danos neurológicos a seus bebês e as crianças foram submetidas a um completo exame neurológico um mês após o nascimento e revisão com um ano de idade.
Os filhos de mães que bebiam apresentavam problemas sérios de transmissão dos estímulos nervosos que perduravam após um ano de idade.
Esse dado pode sugerir que os danos causados pelo álcool no período de formação, podem ser mais duradouros do que se imaginava. As crianças envolvidas no estudo estão sob acompanhamento médico para futuras avaliações.