A greve de vigilantes resultou nesta terça-feira, 3, no fechamento de 493 agências bancárias na capital paulista e em Osasco, na Grande São Paulo. O levantamento foi feito pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, por volta das 13h30. Segundo a entidade, se abrirem sem pelo menos dois vigilantes, as agências descumprem a Lei Federal 7.102/83, que trata de segurança bancária.
O centro paulistano acumulava o maior número de agências fechadas: 244. A região norte vinha em seguida, com 204. No entorno da Avenida Paulista, o total chegava a 24 e em Osasco, a 21. “As instituições financeiras que estão desrespeitando a lei serão responsabilizadas por eventuais danos aos trabalhadores e à população. Os bancos têm de preservar a integridade física de bancários e clientes”, explicou o presidente do sindicato, Luiz Cláudio Marcolino, em nota.
O sindicato afirmou que enviou uma carta à Polícia Federal de São Paulo na qual solicita a fiscalização das agências que desrespeitarem a lei. Também foi enviado comunicado aos departamentos de recursos humanos dos bancos cobrando o cumprimento da regra. De acordo com o sindicato, “as direções do Unibanco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Nossa Caixa, Itaú e Safra se comprometeram em não abrir agências sem vigilantes”.
Greve
Os vigilantes decidiram pela paralisação na noite de segunda-feira, 2, em assembléia. Eles reivindicam adicional de risco de vida de no mínimo 15%, participação nos lucros e resultados e reajuste salarial de 9,9%. No início da manhã, a categoria iniciou uma passeata pela cidade. O protesto chegou a reunir cerca de 4,5 mil trabalhadores na Rua da Consolação, por volta das 12h30, conforme estimativa da Polícia Militar.
Por volta das 15h30, cerca 350 manifestantes estavam em frente à Câmara Municipal, no Viaduto Jacareí, na República, com dois carros de som. Uma faixa da via no sentido centro teve de ser interditada, mas o bloqueio não prejudicava o trânsito na região, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).