quinta-feira, 07/11/2024
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Mulher é estrangulada com fio de ferro

A vendedora Danivimar da Silva Dias, de 23 anos, foi encontrada estrangulada no apartamento onde morava, no Residencial São Carlos, Cuiabá. O principal suspeito de ter praticado o crime é o seu companheiro, o estudante de Administração Welinton Fabrício Amorim Couto, de 25, que está foragido. O autor usou um fio de ferro elétrico para enforcar a vítima. Danivimar estava com a blusa rasgada e um dos seios mutilado. O crime ocorreu na noite de quarta-feira, no apartamento do casal, mas o cadáver só foi localizado de madrugada.

Vizinhos desconfiaram da briga do casal e acionaram a Polícia Militar. Os policiais tiveram que arrombar a porta para ter acesso ao apartamento. O corpo da vendedora foi localizado em cima da cama, no quarto do casal. Ela estava de costas, coberta com várias roupas. Além do fio, o criminoso usou uma cueca e uma camisa para asfixiá-la.

Conforme policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), um irmão de Welinton estava em frente ao prédio aguardando-os. Ele explicou que o estudante de Administração ligou informando que “tinha feito uma besteira”. O irmão, então, se deslocou até o apartamento.

Os policiais explicaram que o casal vivia junto no edifício há cerca de oito meses. Uma das hipóteses levantada é que o estudante era ciumento com a namorada, que trabalhava numa loja de revenda de jóias, num shopping da Capital. As colegas, ao saber do assassinato, ficaram estarrecidas.

Para os policiais este é mais um crime esclarecido. O fato de o suspeito ser estudante de nível superior facilita a conclusão das investigações, na opinião deles. “No apartamento, encontramos muitos livros de Direito. E como se trata de alguém que aparenta conhecer as leis, saberá o risco que corre, caso não se apresente na delegacia. Então, vamos aguardar a apresentação dele”, informou um policial que participa das investigações.

Neste ano, foram registrados mais de 100 assassinatos na Grande Cuiabá e 11 deles, passionais, um número alto de execuções envolvendo casais ou ex-casados.

A delegada Anaíde Barros, da DHPP, disse não ter uma explicação plausível para tantos crimes passionais. Lembrou que é um tipo de crime que não tem lugar nem hora marcada para ocorrer. “É impossível evitar um crime passional”, explicou. “Por outro lado, é um crime mais fácil de esclarecer, pois o autor é sempre uma pessoa próxima da vítima e tem sempre testemunhas”.

Dos 11 crimes passionais da região, em apenas um a vítima era um homem – um rapaz de 19 anos, morto a facadas pela ex-companheira, que exigia rapidez no pagamento da pensão do filho. O assassinato ocorreu no bairro Dom Aquino em Cuiabá. Nos demais, as vítimas eram mulheres – esposas ou ex-esposas mortas a tiros, facadas ou pauladas.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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