sábado, 23/11/2024
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Escritório é saqueado

Poucas horas após a prisão do empresário e advogado Waldir Cechet por participação no esquema de cartelização de preço de combustíveis, o escritório de advocacia no qual era sócio foi assaltado. Documentos e computadores foram levados. A informação, segundo os promotores do Grupo de Atuação contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual, é a comprovação da necessidade das prisões e buscas e apreensões efetuadas na quarta-feira, durante a Operação Madona.

No dia da ação, que desarticulou o esquema de cartel nos preços de combustíveis em Mato Grosso – principalmente em Cuiabá e Várzea Grande -, doze mandados de busca e apreensão foram deferidos objetivando encontrar documentos que servissem como prova da existência do cartel. Porém, o escritório de advocacia de Cechet não estava na lista. No início do depoimento do advogado, o sócio dele informou aos promotores do Gaeco que o assalto ocorreu na noite de quarta-feira ou madrugada de quinta-feira.

Para o promotor Mauro Zaque, a ocorrência do assalto no mesmo dia da operação é no mínimo estranha. Zaque não informou se os promotores investigarão uma possível ligação entre o assalto e a operação, mas disse que sempre que surgirem fatos novos eles serão investigados. Cechet prestou depoimento durante a noite de ontem. Até o final do expediente, não havia informações se ele tinha sido liberado.

No dia seguinte à Operação Madona, promotores do Gaeco passaram a tarde ouvindo depoimento dos empresários Bruno Borges e Marcos Rosena da Silva e outras pessoas convocadas, que não tiveram os nomes revelados. No final dos depoimentos, Bruno e Marcos foram liberados pelos promotores, com autorização da Justiça. Até ontem, quatro dos nove presos já tinham sido liberados. Para hoje, são aguardados os depoimentos de Nilson Teixeira, José Fernando Chaparro, Oriosvaldo Jiacomini e Paulo Roberto da Costa Passos.

Os advogados de defesa mantêm a conduta de aguardar os depoimentos para saber que atitude tomar, com exceção dos advogados de Jiacomini e Passos (ambos dos Postos Simarelli), que na quarta-feira entraram com habeas corpus no Tribunal de Justiça para a soltura dos clientes.

O promotor Mauro Zaque revelou que os depoimentos e documentos analisados vêm comprovando de forma concreta a existência do cartel. Zaque não descartou a possibilidade de mais pessoas serem ouvidas e de haver desdobramentos da operação no interior de Mato Grosso. “Tudo vai depender das investigações”, disse. O promotor ainda frisou que a baixa de preço nas bombas ainda deve ocorrer nos próximos dias, na medida em que os empresários perceberem que o grupo que controlava o preço mais alto está desarticulado.

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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