Segundo informações da Polícia Federal, dos trinta e sete investigados que seriam presos, nove já se encontram detidos e apenas serão cientificados da existência de nova ordem de prisão.
De acordo com a PF, as investigações começaram há um ano e meio e apontaram que a quadrilha é liderada a partir do presídio de Itaí, no interior de São Paulo, por um colombiano, preso pela PF em 2002 na Operação Mar Aberto. A organização possuía estrutura empresarial, hierarquicamente dividida em três escalões, e era composta por brasileiros, colombianos, bolivianos, peruanos, paraguaios, africanos e um chileno.
A droga, segundo a PF, vinha da Bolívia, Colômbia, Peru e Paraguai e fazia conexões em vários Estados brasileiros, seguindo para países da União Européia, como Portugal, Espanha, Reino Unido, Holanda, França, Itália e Bélgica, além de países da África. A droga direcionada ao mercado exterior tinha, como principal meio de transporte, navios estrangeiros que saíam de diversos portos brasileiros, principalmente do Porto de Santos.
De acordo com a PF, um dos escalões da organização criou uma empresa de fachada na área de viagens e turismo na cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais, a fim de obter empréstimos em instituições financeiras para subsidiar as ações do tráfico. Os integrantes desse escalão serão indiciados pelos crimes de financiamento ou custeio ao tráfico e associação para financiamento ao tráfico, com penas que, somadas, atingem 30 anos de reclusão.
A Operação Muralha é a etapa final da ação, que já resultou em 81 prisões em flagrante, apreensão de cerca de uma tonelada de cocaína, mais de uma tonelada de maconha e US$ 56.000 dólares americanos, além da prisão em flagrante de 110 traficantes.
U.Seg