sexta-feira, 22/11/2024
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Bolsas dos EUA fecham em queda com cenário nebuloso sobre economia do país

As Bolsas americanas fecharam em baixa nesta terça-feira após uma seqüência de notícias nebulosas sobre a economia do país, reforçando o medo dos investidores de que os Estados Unidos entrem em recessão.

O Dow Jones Industrial, principal índice de Wall Street, caiu 0,29%, para 12.576,44 pontos. O indicador tecnológico Nasdaq recuou 0,68%, para 2.348.76 pontos. Por sua vez, o seletivo S&P 500, que mede o rendimento de 500 grandes empresas, caiu 0,51%, para 1,365.54 pontos.

Desde o início das operações, a Bolsas dos EUA operaram sob a influência negativa das ações financeiras, após o Washington Mutual informar prejuízo de US$ 1,1 bilhão no trimestre fiscal, causado pelas perdas de US$ 3,5 bilhões com papéis de crédito imobiliário de alto risco (“subprime”).

O banco anunciou, no entanto, a injeção de recursos na ordem de US$ 7 bilhões feita por um grupo de investidores liderado pelo fundo TPG. Mas não foi suficiente para reverter os ânimos do mercado.

A divulgação da ata da reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês) do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) apontou que as preocupações com o risco de recessão nos Estados Unidos levaram os membros da autoridade monetária a votarem pela redução da taxa básica de juros local em 18 de março.

Na reunião, os juros foram cortados em 0,75 ponto percentual, para 2,25% anuais, com oito votos a favor e dois contra. Trata-se da menor taxa desde dezembro de 2004. Segundo a ata, alguns membros do Fed indicaram a possibilidade de ocorrer uma “prolongada e severa” desaceleração econômica no país.

Os integrantes do BC americano informaram que previsões sobre o nível de atividade econômica e sobre a inflação em médio prazo tinham se deteriorado nos últimos meses. A tensão nos mercados financeiros tinha crescido significativamente desde a reunião do Fomc de janeiro, com o preço das casas caindo mais do que o esperado e o enfraquecimento do mercado de trabalho reduzindo ainda mais a confiança do consumidor.

Também pesou o cenário traçado pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que calculou em US$ 945 bilhões o custo da atual crise para o sistema financeiro mundial.

“A crise ultrapassou os confins do mercado americano de “subprime” para tocar concretamente os principais mercados imobiliários, o crédito do consumo e o crédito das empresas”, afirmou o FMI em seu relatório semestral sobre a estabilidade financeira no mundo.

Essa foi a primeira vez que a instituição financeira internacional divulgou oficialmente uma estimativa em cifras das perdas globais dos bancos e outros estabelecimentos financeiros nesta crise nascida nos Estados Unidos.

À avalanche de notícias nada animadoras, se somou ainda a divulgação da queda de 1,9% em fevereiro, ante janeiro, das vendas pendentes de imóveis, segundo a NAR (Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, na sigla em inglês). No mês anterior, as vendas haviam crescido 0,3%. A maioria dos analistas do setor financeiro estimava um recuo de 1%.

F.on.L

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Parmenas Alt
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