domingo, 24/11/2024
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Almir Lando vai propor quebra de sigilo de 101 investigados na CPI das Sanguessugas

O relator-geral da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), confirmou que vai sugerir no relatório parcial a quebra do sigilo bancário dos 21 parlamentares que receberam dinheiro em espécie para aprovarem emendas para a compra de ambulâncias superfaturadas com recursos do orçamento. O senador também irá propor a quebra de sigilo de cerca de 80 envolvidos, entre assessores de parlamentares e terceiros que receberam dinheiro em nome dos parlamentares.

“Isso precisa ser feito, porque senão se você deixar isso sem quebrar o sigilo depois, por exemplo, ninguém mais tem competência, só o plenário das respectivas casas, então a gente já deixa isso pronto”, afirmou Lando. “È uma fórmula, no meu entender, que pode auxiliar lá para a frente”, disse.

De acordo com o senador, o grupo de 90 parlamentares investigados pela CPI vão ser separados em três categorias no relatório: 21 que receberam dinheiro em espécie, seis citados pelo Ministério Público, mas sem evidência de participação no esquema e 63 contra os quais há provas concretas de participação na fraude das ambulâncias.

Segundo Amir Lando, o relatório parcial que será apresentado na próxima quinta-feira (10) terá três partes: a primeira será uma descrição do esquema, a segunda parte fará uma análise dos tipos de crimes cometidos e de cada caso separadamente e a terceira parte serão as sugestões das medidas corretivas para evitar que o esquema se repita.

Ele afirmou que cada parlamentar envolvido terá um processo separado. “Nós vamos fazer um resumo do comportamento de cada um à luz dos testemunhos, das gravações telefônicas, dos documentos, porque assim nós poderemos formular um juízo de valor sobre cada um”, disse Lando.

Em maio deste ano, a Polícia Federal desencadeou a Operação Sanguessuga, que prendeu parlamentares, assessores e servidores públicos acusados de utilizar R$ 110 milhões do orçamento na compra de ambulâncias superfaturadas. A empresa Planam, com sede no Mato Grosso, era responsável pela montagem das ambulâncias e entrega dos carros às prefeituras. Segundo as investigações da Polícia Federal.

ODia

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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