quinta-feira, 14/11/2024
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Uribe oferece a Insulza relatório sobre operação no Equador

O presidente colombiano, Álvaro Uribe, apresentou nesta quarta-feira ao secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, um relatório sobre a operação de 1º março em território equatoriano, na qual morreu o número dois das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Raúl Reyes, e mais 24 pessoas.

Uribe entregou sua versão dos fatos durante um encontro na Casa de Nariño, sede do governo em Bogotá, ao qual também compareceram os sete membros da comissão formada pelo Conselho Permanente da OEA para esclarecer a ação militar.

“Praticamente já estamos terminando”, disse à imprensa o embaixador colombiano perante a OEA, o ex-ministro da Defesa Camilo Ospina, que acompanha a missão desde segunda-feira, quando os diplomatas foram à fronteira sul com o Equador.

A viagem da delegação ao Putumayo, divisa com o país vizinho, foi a segunda e última visita de campo às zonas que centraram a operação colombiana contra as Farc.

O embaixador colombiano perante a OEA disse que Insulza e a delegação do organismo encerrarão suas tarefas na Colômbia com uma visita ao grupo de especialistas da Interpol que viajou para Bogotá para analisar os três computadores confiscados de “Raúl Reyes”.

Além de Insulza, a missão da OEA que recebeu a tarefa de esclarecer os fatos é formada pelo presidente do Conselho Permanente, Cornelius Smith, e representantes de Brasil, Osmar Chohfi; Argentina, Rodolfo Gil; Panamá, Aristides Royo; e Peru, María Zavala.

Participam ainda o secretário de Assuntos Legais da OEA, Jean Michel Arrighi, e o Diretor de Sustentabilidade Democrática, Víctor Rico.

Base era antiga

Mais cedo, o emissário da OEA disse que o local atacado abrigava os rebeldes há alguns meses.

“Este não era um acampamento recém-instalado, provavelmente tinha vários meses e foi construído há certo tempo”, declarou Insulza à imprensa após sua visita à zona do ataque, no departamento de Putumayo, na fronteira entre Equador e Colômbia.

O secretário-geral, que lidera a delegação da OEA que analisa o incidente, visitou na segunda-feira o que restou do acampamento da guerrilha, onde morreram 22 rebeldes, além de Reyes, no dia 1º de março passado.

Funcionários do governo equatoriano afirmavam que o acampamento era um local de passagem, e não uma base fixa, como dizem as autoridades colombianas.

A delegação da OEA percorreu a margem colombiana do rio San Miguel, que marca o limite entre os dois países, e visitou uma zona de erradicação do cultivo de coca, além de conversar com ex-guerrilheiros, agora sob a proteção do governo.

“Estivemos em Puerto Asís, conversamos com algumas pessoas, com alguns (guerrilheiros) desmobilizados que nos deram antecedentes muito interessantes de como se vive nesta atividade, e também com líderes locais, que nos falaram da situação em Putumayo”, revelou Insulza.

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) concluirá sua visita à Colômbia nesta quarta-feira, após ser recebido pelo presidente Alvaro Uribe.

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Parmenas Alt
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