Em greve desde o dia 17 de janeiro, advogados da União estão colhendo assinaturas da categoria para pressionar o governo federal a cumprir com um acordo firmado em 1º de novembro do ano passado, de um aumento salarial de 25% a partir deste ano até 2009.
A coleta de assinaturas vai até esta sexta-feira, e o pedido, de exoneração coletiva, será entregue à AGU (Advocacia Geral da União) se o Planalto resistir em negociar com a categoria. Os advogados devem realizar uma assembléia na semana que vem para discutir o assunto e fazer um balanço do número de assinaturas arrecadadas.
Segundo a Anauni (Associação Nacional dos Advogados da União), 70% dos cerca de 6.000 advogados da União e procuradores da Fazenda Nacional, da Previdência e do Banco Central estão com suas atividades paralisadas.
A associação afirmou que os grevistas querem pressionar o governo a cumprir com o acordo suspenso depois da extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que provocou um rombo de R$ 40 bilhões no Orçamento.
Protesto
Na semana passada, advogados da PGU (Procuradoria-Geral da União), segundo a Anauni, entregaram à AGU um pedido de exoneração coletiva em protesto pela saída do procurador-geral da União, Luiz Henrique Martins dos Anjos, que perdeu o cargo devido à greve da categoria.
A AGU afirmou que os advogados fizeram um protesto no dia da saída do procurador, mas que apenas 17 advogados pediram exoneração no dia da manifestação. A advocacia informou ainda que alguns deles, inclusive, já pediram a desconsideração da solicitação.
O novo procurador-geral da União é Jefferson Carús Guedes.
F.on.L