O dólar comercial fechou a segunda-feira com leve baixa de 0,12%, a R$ 1,706 na venda. A divisa segue no menor patamar de preço desde maio de 1999.
A baixa no dia foi pequena, limitada pelo “susto” dos analistas com o déficit de US$ 81 milhões na balança comercial na quarta semana deste mês, o primeiro resultado negativo em quase seis anos; a constatação de que o fluxo cambial neste mês, até o dia 21, estava negativo em US$ 366 milhões; e o menor volume este mês de ingressos de Investimento Estrangeiro Direto (IED), que bateu recorde em janeiro.
No fechamento, o dólar comercial recuava 0,12%, para R$ 1,706. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar negociado à vista cedia 0,09%, a R$ 1,7055. O patamar de preço atual equivale ao do dia 26 de maio de 1999 (quando a moeda encerrou a R$ 1,701). O giro total à vista somou nesta segunda-feira cerca de US$ 2,539 bilhões.
Apesar das notícias domésticas, que impediram uma queda mais acentuada da cotação da moeda americana, a tendência para o dólar continua sendo de baixa.
Segundo o ex-diretor do Banco Central Emílio Garófalo, o câmbio pode atingir R$ 1,50 ainda neste ano, com boa perspectiva de ingresso de dólares. Garófalo afirmou hoje que o País já é grau de investimento, o que seria também avaliado por boa parte do mercado devido aos bons fundamentos da economia. “A atual queda do dólar precifica que o Brasil já é grau de investimento”, comentou, em entrevista.
O grau de investimento, uma nota (rating) de classificação de crédito concedida por agências internacionais de análise de risco, é aguardada por parte do mercado brasileiro para ainda este ano. A nota indica que o risco de calote do país é muito baixo. O recebimento desse rating, portanto, faria o Brasil atrair mais investimentos, o que elevaria a entrada de recursos no País e pressionaria a cotação do dólar para baixo.
(*com informações do Valor Online e da Agência Estado)