Em dezembro, cada consumidor devia, em média, R$ 4.432,05 na soma de todas as dívidas
Segundo o estudo, no fim do ano passado, cada consumidor devia, em média, R$ 4.432,05 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada pessoa tinha, em média, débitos com ao menos duas empresas credoras. O presidente da CNDL, José César da Costa, afirmou que o alto nível de inadimplência reflete a dificuldade dos consumidores em manter as contas em dia.
“Chama a atenção o endividamento com os setores bancários, que concentram 64,62% das dívidas. Essa dinâmica sugere que o planejamento financeiro de 2025 deve priorizar a renegociação de dívidas, especialmente aquelas com altas taxas de juros, além da construção de um fundo de emergência”, completou.
Já o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior, destaca o cenário de juros altos e os aumentos previstos para este ano, alertando para os impactos sobre a capacidade de pagamento dos consumidores.
Perfil
A pesquisa mostra que o número de devedores com a maior participação em dezembro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,64%). Segundo a estimativa, são 16,90 milhões de pessoas registradas em cadastros de devedores nesta faixa etária, ou seja, quase metade (49,76%) dos brasileiros desse grupo estão negativados.
A participação dos devedores por sexo é bem distribuída, sendo 51,16% mulheres e 48,84% homens.
Valores
Os dados também indicam que quase três em cada dez consumidores (31,09%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que sobe para 44,86% quando se trata de dívidas de até R$ 1.000.
Número de dívidas em atraso
Analisando a evolução do número de dívidas por setor credor, destaca-se o crescimento das dívidas com o setor bancário, que teve um aumento de 5,08%. Por outro lado, as dívidas com o setor de comércio (-6,19%), água e luz (-5,61%) e comunicação (-3,32%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.
“Diante do cenário de altas taxas de juros e com mais dois aumentos previstos, a dificuldade do consumidor em colocar as contas em dia deve aumentar, já que os encargos tendem a dificultar a regularização financeira. O momento é de cautela, e a prioridade deve ser o pagamento das dívidas antes de assumir novos compromissos financeiros”, afirmou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.
Setores
Em termos de participação, o setor que concentra a maioria das dívidas é o bancário, com 64,62% do total. Na sequência, aparecem os setores de água e luz (10,87%), comércio (10,32%) e outros (8,24%).
Regiões
Em relação ao número de dívidas por região, a maior alta foi observada na região Centro-Oeste (7,55%), seguida pelo Sudeste (2,16%), Nordeste (1,93%) e Norte (1,57%). Por outro lado, a região Sul (-0,85%) apresentou queda no número de dívidas em comparação anual.
Regionalmente, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro-Oeste, onde 44,82% da população adulta está registrada em cadastros de devedores. Na região Sul, a proporção de negativados corresponde a 37,00% da população adulta.
R7