Entre os presos estão policiais que foram citados na delação de Vinicius Gritzbach, empresário morto a tiros no aeroporto de Guarulhos
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Seis pessoas foram presas na Operação Tacitus, termo em latim que significa silencioso ou não dito, na manhã desta terça-feira (17), suspeitos de atuarem para o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Entre os presos estão o delegado Fábio Baena Martin, o investigador Eduardo Lopes Monteiro; os policiais Marcelo Ruggeri e Marcelo “Bombom”; e os empresários Robinson Granger Moura, o Molly, e Ademir Pereira de Andrade.
Estão foragidos o investigador da polícia Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho Punisher, e o advogado Ahmed Hassan Saleh, o Mude.
Todos foram citados na delação do empresário Vinícius Gritzbach, conhecido como delator do PCC, assassinado a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP), no dia 8 de novembro.
A defesa do delegado Fábio Baena Martin e do investigador Eduardo Monteiro divulgou uma nota à imprensa e se disse “indignada” com as prisões dos dois agentes policiais.
“A prisão hoje cumprida não possui necessidade, idoneidade e se constitui em arbitrariedade flagrante. Inadmissível no Brasil se banalizar o direito à liberdade, decretando-se prisão midiática, sem contemporaneidade, e o mais grave, por fatos que já foram investigados e ARQUIVADOS pela Justiça, por recomendação do próprio Ministério Público.”
Os advogados complementam e dizem que “ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações. Ademais, a defesa denuncia o gravíssimo fato que não se deu o Direito e oportunidade ao delegado Baena contatar seus advogados avisando de sua prisão e do cumprimento do mandado de busca, o que somente reforça a ilegalidade denunciada. A defesa está tomando todas as medidas para fazer cessar, imediatamente, a coação espúria constatada.”
As prisões foram realizadas por meio de uma operação da PF (Polícia Federal) e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP/SP (Ministério Público de São Paulo), que visa desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública de corrupção ativa e passiva.
Cerca de 130 policiais federais, com apoio da Corregedoria da Polícia Civil, foram às ruas de São Paulo, Bragança, Igaratá e Ubatuba. Além dos oito mandatos de prisão, foram emitidos 13 mandatos de busca e apreensão.
Fonte: R7