quinta-feira, 21/11/2024
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Brasil concorda com pedido de Chávez sobre as Farc

“Agora, isso não implica também dar às Farc um status político que torne até dificil este diálogo do ponto de vista do governo colombiano”, afirmou Amorim na Cidade da Guatemala, onde acompanhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de posse do novo presidente do país, Álvaro Colom.

“Acho que, no momento, não se trata de encontrar nenhum outro status”, afirmou o ministro, referindo-se ao pedido do presidente venezuelano.

A única organização classificada pelo governo brasileiro como terrorista é a Al-Qaeda, disse Amorim, porque é o único grupo definido desta maneira pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Diálogo

Chávez fez o pedido na semana passada, após a libertação de duas reféns pelas Farc, na quinta-feira.

Neste domingo, no programa Alô Presidente, o presidente venezuelano disse que a mudança de status faria com que o grupo guerrilheiro se submetesse à Convenção de Genebra e o forçaria a libertar os reféns que mantém.

A sugestão de Chávez foi rejeitada por vários presidentes latino-americanos que se manifestaram sobre o assunto, inclusive aliados como o equatoriano Rafael Correa.

Amorim disse que é preciso ter um diálogo por motivos humanitários e elogiou a “grandeza” do presidente Uribe, que permitiu a negociação entre Chávez e as Farc.

“Todos saíram ganhando (com a libertação das reféns)”, afirmou. “Agora, vamos continuar um caminho aí com cautela, com equilíbrio, para que possamos dar outros passos, outras pessoas possam ser libertadas e, quem sabe no futuro, ver o que acontece.”

No programa Café com o Presidente, veiculado por emissoras de rádio na manhã de segunda-feira, Lula disse que fazia um apelo ao presidente colombiano Álvaro Uribe e às Farc para que negociem a libertação de mais reféns.

“O apelo que eu faço é que o governo colombiano e o meu amigo, o presidente Uribe, mais os dirigentes das Farc se coloquem de acordo para que se possa libertar mais pessoas que estão seqüestradas”, afirmou.

“Eu acho que é uma questão humanitária, e o Brasil continuará contribuindo para que mais seqüestrados sejam libertados.”

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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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