Segundo ele, já existem dois projetos na Câmara que suprimem esta necessidade de reforma política. Os dois projetos, informou ele, já foram aprovados nas respectivas comissões especiais e que estão prontos para serem votados no plenário da Câmara. O presidente da Câmara referia-se ao projeto de reforma política do relator Ronaldo Caiado (PFL-GO) e a proposta do Roberto Magalhães (PFL-PE), que prevê a convocação de um congresso revisor. No caso da proposta de Roberto Magalhães, o próprio Congresso assumiria a função de revisar a Constituição.
Segundo Aldo, o projeto de reforma política resolve duas questões fundamentais porque prevê o financiamento público de campanha e o voto em lista valorizando os partidos. Ele lembrou que a proposta passou por ampla negociação e desgate na Câmara. “Creio que se o Poder Executivo quiser participar deste debate, pode enviar propostas e projetos”, afirmou. “A proposta de reforma política prevê duas medidas que resolvem o problema: uma disciplina as campanhas; e a outra moraliza os partidos”, disse.
Embora considerasse boa a proposta de convocação de uma constituinte para a reforma política, o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS), também concorda que o caminho mais curto seria a votação de projetos que já tramitam no Congresso. Ele ressaltou a necessidade de uma reforma política profunda, mas ressaltou que seria adequado fazê-la com um congresso eleito em funcionamento. Para ele, a constituinte específica para a reforma política seria uma alternativa à impossibilidade de a reforma ocorrer com o Congresso funcionando.
Já o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia, criticou totalmente a proposta da Constituinte. Ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou nesse tempo de mandato, ter um viés autoritário e uma “admiração incontida” pelos presidentes Fidel Castro, de Cuba, e Hugo Chávez, da Venezuela. “É evidente que esta constituinte deve ser evitada para que não caminhemos para o presidente vitalício”, disse Aleluia.