Observadores no Hemisfério Norte terão a oportunidade de vislumbrar o fenômeno originário da Nuvem de Oort até o final de outubro
Cometa do século visto do México (Imagem: Daniel Korona-Nasa/Reprodução)
A passagem do “cometa do século” pelo sistema solar ficou mais fácil de ser observada desde o dia 12 de outubro. Foi nessa data que o objeto cósmico chegou a 70 milhões de quilômetros do Planeta Terra. Antes disso, em 27 de setembro, o cometa fez seu trânsito mais próximo do Sol, ficando mais visível por observadores do Hemisfério Sul e dos Trópicos.
Agora, moradores do Hemisfério Norte terão a chance de captar um momento que poderá se repetir daqui a apenas 80 mil anos. Um presente do Universo para celebrar o Halloween, já que o cometa estará visível principalmente no final do mês de outubro. Basta olhar para o céu logo após o pôr do sol.
Batizado de Tsuchinshan-ATLAS, o fenômeno foi registrado pelas lentes de astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional em 19 de setembro. Na imagem, é possível ver a massa de poeira, gelo e rocha em sua órbita altamente elíptica.
“Quando um cometa se aproxima do Sol, ele fica mais quente. O calor faz com que seu gelo se sublime em gás, e esses gases e poeira se tornam uma coma brilhante e uma cauda que pode se estender por milhões de milhas”, explica a Nasa.
O cometa foi identificado pela primeira vez por equipes do Observatório Tsuchinshan da China e um telescópio ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System) na África do Sul, em 2023. O nome do objeto presta homenagem aos dois observatórios.
Na falta de um, dois cometas no céu
O “cometa do século” não é o único de passagem por aqui: o C/2024 S1 ATLAS também está em trânsito pelo sistema solar. O objeto era esperado para ser visível da Terra no final do ano que vem.
A Nasa acredita, no entanto, que a massa pode ter se desintegrado em fragmentos ao se aproximar do Sol, o que é esperado em função da radiação e força gravitacional. O cometa passará mais próximo do planeta em 24 de outubro: olhe para o céu antes do nascer do sol.
De acordo com a agência espacial, os dois objetos celestes provavelmente se originaram na Nuvem de Oort , “uma grande concha esférica de detritos gelados nos confins do nosso sistema solar”.
Fonte: Olhar Digital