Kicis ainda acusou o governo de excluir o programa do orçamento e da fiscalização do Congresso, facilitando fraudes.
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) não poupou críticas ao governo Lula durante pronunciamento nesta quinta-feira (17). Ela acusou o Programa Gás para Todos de ser uma nova “falcatrua” planejada para desviar recursos públicos e inflar os gastos de forma irresponsável. “O lulopetismo é a maior fábrica de escândalos e fracassos da história do Brasil”, afirmou Kicis, em um discurso inflamado no plenário.
Segundo a deputada, o novo programa substitui o Auxílio Gás, criado pelo governo Bolsonaro, e foi desenhado para aumentar os gastos de R$ 3,4 bilhões para R$ 13,6 bilhões até 2026, ano de eleições. “Eles querem turbinar as despesas, e não por acaso isso será feito em um ano eleitoral”, denunciou. Kicis ainda acusou o governo de excluir o programa do orçamento e da fiscalização do Congresso, facilitando fraudes.
Kicis destacou que o novo formato do programa, com uma logística complexa para troca física de botijões de gás, abre caminho para irregularidades. “As empresas fornecedoras poderiam se aproveitar desse esquema nebuloso, sem transparência, para desviar dinheiro público”, declarou. Para ela, a proposta tem como objetivo recompensar aliados políticos do presidente Lula e do ministro Alexandre Silveira, “aquele que quer aparelhar as agências reguladoras”.
A parlamentar também citou uma nota técnica da Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, que alertou para o risco de fraudes no novo programa. “O próprio Ministério da Fazenda já apontou irregularidades, e o Tribunal de Contas da União está de olho”, afirmou Kicis. Ela lembrou que, diante desse alerta, Lula recuou e pediu a retirada da urgência para a tramitação do projeto de lei que trata do programa.
Encerrando seu discurso, Bia Kicis garantiu que continuará denunciando os “desmandos” do governo Lula. “Essa é só mais uma fraude. Tenho uns 15 discursos prontos para denunciar a sequência interminável de falcatruas deste desgoverno”, concluiu a deputada, reforçando sua oposição ao projeto.
