O líder cubano Fidel Castro, que se recupera de uma doença que o afastou do poder e que não é visto em público há 16 meses, sugeriu nesta segunda-feira que pode decidir desistir de seu cargo de líder formal. Foi a primeira vez que o presidente da ilha falou de uma possível aposentadoria.
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“Meu dever elementar não é me apegar a posições e menos ainda obstruir o caminho dos mais jovens”, disse o líder octogenário em carta lida na TV estatal cubana. Castro, que assumiu o poder em Cuba na revolução de 1959, passou suas funções temporariamente ao seu irmão Raúl em julho de 2006, após passar por uma cirurgia no estômago para tratar de uma doença não revelada.
A Assembléia Nacional de Cuba pode formalizar a aposentadoria de Fidel quando aprovar os membros do Conselho de Estado em março. Fidel disse que seu dever é “contribuir com experiência idéias, cujo modesto valor vem do excepcional período que vivi”.
Os comentários do líder cubano no final da carta lida na emissora estatal sugerem que Fidel não voltará ao comando, mas em vez disso atuará como conselheiro do governo comunista em questões importantes. Fidel detém os cargos de presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros, além de ser o primeiro secretário do governista Partido Comunista.
Desde março deste ano, Fidel tem se dedicado a escrever dezenas de editoriais sobre assuntos mundiais, mas ainda não havia feito qualquer menção ao seu futuro político.
Reuters