A inadimplência dos consumidores continuou a subir em novembro, informou nesta quinta-feira a Serasa. Segundo o “Indicador Serasa de Inadimplência Pessoa Física” –pesquisa mensal feita pela empresa de análise de crédito–, a inadimplência no acumulado do ano até novembro é 1% superior ao observado no mesmo período do ano passado.
Também foram registradas altas na inadimplência em novembro sobre o mesmo mês de 2006 (7,9%) e sobre outubro (0,2%).
Para os técnicos da Serasa, a maior oferta de crédito e o conseqüente aumento do endividamento da população é o principal responsável pelo aumento da inadimplência. O avanço do emprego formal e da massa salarial alivia o cenário, mas não é suficiente para estancar a falta de pagamento.
As dívidas com bancos lideram a inadimplência dos consumidores no acumulado do ano, sendo responsáveis por 39,9% no estoque total. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 32,2%. O valor médio das dívidas bancárias é de R$ 1.277,04.
Em seguida aparecem as dívidas com cartões de crédito e financeiras, com valor médio de R$ 366,06 e participação de 30,2% na inadimplência, contra 32,8% de janeiro a novembro de 2006.
Em terceiro lugar ficaram os cheques sem fundos, que são responsáveis por 27,4% do calote –bem menor do que no mesmo período de 2006 (32%). O valor médio desses cheques é de R$ 607,82.
O tipo de inadimplência com menor participação é o protesto, com 2,6% de representatividade. Em compensação, o valor médio é o que mais subiu entre 2006 e 2007, com avanço de 11,4%, fechando a R$ 881,44.
FO