quinta-feira, 21/11/2024
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Deu a louca no Sol? Mancha hiperativa no astro produz explosão recorde

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, uma mancha no Sol foi responsável pela segunda maior explosão solar dos últimos tempos na terça-feira (1). Acontece que o astro não está para brincadeira esta semana: na manhã desta quinta (3), um novo episódio, ainda mais potente, resultou em uma erupção recorde, que superou até mesmo o grande evento de maio deste ano.

Tanto a explosão de segunda-feira quanto a mais recente (a maior desde 2017) eclodiram da mancha solar hiperativa AR3842, localizada próxima ao equador do Sol.

  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em ejeções de massa coronal;
  • As erupções são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior;
  • A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força;
  • Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente;
  • A erupção do início da semana atingiu o nível X7.1, ficando atrás apenas do episódio ocorrido em maio, uma explosão X8.7;
  • No entanto, a antiga líder no ranking do Ciclo Solar 25 foi desbancada por uma explosão solar X9.1, detectada nesta manhã.
  • Explosão solar recorde provoca apagão de sinais de rádio

    O evento foi registrado pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO), da NASA, e pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma colaboração entre as agências espaciais norte-americana e europeia. A radiação liberada pela explosão ionizou o topo da atmosfera da Terra e causou um profundo apagão de ondas curtas sobre a África e o Atlântico Sul.

    De acordo com a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, os operadores de radioamadorismo na área podem ter notado perda de sinal em frequências abaixo de 30 MHz por até meia hora após o momento da explosão, às 9h18 (pelo horário de Brasília).

  • Se as CMEs são lançadas em direção à Terra, podem atingir a atmosfera do planeta e reagir com a magnetosfera, provocando tempestades geomagnéticas. A depender da potência, essas tempestades podem ocasionar desde a formação de auroras até efeitos mais graves, como interrupções em sistemas de comunicação ou mesmo derrubar satélites em órbita.

    Neste caso, é esperada para o fim de semana uma tempestade geomagnética G3 (considerada forte uma escala de G1 a G5), podendo atingir até mesmo a classe G4 (severa).

    Normalmente, CMEs mais fortes provocam auroras em latitudes médias e baixas em toda a Europa e nos EUA.

  • No nível G4, mais especificamente, há também uma ameaça de problemas generalizados com controle de tensão e impactos à rede que podem afetar alguns sistemas de proteção. Além disso, sistemas de navegação por satélite e de baixa frequência, como GPS, podem ser interrompidos e as operações de espaçonaves também podem ter problemas com carregamento e rastreamento de superfície.
  • OlharDigital
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Parmenas Alt
Parmenas Alt
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