Exército israelense admitiu que algumas bases militares sofreram ‘impactos’ de mísseis iranianos, mas garantiu que as aeronaves e a infraestrutura foram poupadas
O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, afirmou que o país ainda decidirá a resposta – “quando, onde e como”. Questionado por jornalistas, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que não apoia um ataque a instalações nucleares iranianas, acrescentando que ele e outros líderes do G-7 defendiam o direito de Israel de responder, mas acreditavam que a resposta deveria ser proporcional. Segundo ele, os líderes do G-7 concordaram em impor sanções adicionais ao Irã, já sob duras restrições econômicas do Ocidente.
A Guarda Revolucionária do Irã disse ontem que os disparos de mísseis de terça-feira foram uma retribuição pelos recentes assassinatos de líderes do Hezbollah e do Hamas, ambos grupos apoiados por Teerã, que travam uma guerra por procuração contra Israel. O general Mohamed Bagheri, principal oficial militar iraniano, afirmou os ataques de terça-feira tinham como alvo bases militares e a sede do serviço de inteligência de Israel, o Mossad.
O Exército de Israel admitiu ontem que algumas bases militares sofreram “impactos” de mísseis do Irã, mas garantiu que as aeronaves e a infraestrutura foram poupadas. Fotos mostraram danos em outros lugares, incluindo uma escola no sul de Israel e em prédios em Tel-Aviv. Teerã disse que considera sua resposta “encerrada” e o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, afirmou que seu país não quer guerra, mas prometeu “atacar novamente se Israel promover qualquer ação retaliatória”. Os disparos de mísseis iranianos aconteceram um dia após as forças terrestres israelenses avançarem em partes do sul do Líbano em uma invasão cujo objetivo declarado é eliminar a capacidade do Hezbollah de atacar Israel.
*Com informações do Estadão Conteúdo-JovemPan